A economia verde emerge como uma das principais perspectivas econômicas mundiais no futuro.
O crescimento do movimento ambientalista tende a ser crescente mundialmente, com a adesão crescente de lideres mundiais, sensibilizados com as mudanças climáticas. A COP 21 - Conferência Mundial do Clima, ainda este ano em Paris, poderá ser um novo grande marco, ou ponto de inflexão histórico, que começou no Rio de Janeiro em 1992 e foi frustrado no Rio + 20, assim como nas demais conferências.
O principal vilão do clima para os ambientalistas é o petróleo e o seu uso derivado, representado pelo automóvel.
Os ambientalistas ainda são minoria, mas se infiltram em diversas instâncias e agências com o objetivo precípuo de conter o aumento da exploração do petróleo.
O Brasil é uma das economias mundiais mais avançadas no contexto da economia verde, seja no uso de fontes renováveis de energia, como das mitigações exigidas para os empreendimentos que afetam o ambiente natural. Principalmente os da infraestrutura, que sempre modificam significativamente as condições naturais. Tanto os empreendimentos de logística, como os de geração de eletricidade e, principalmente, os relativos à exploração e produção de petróleo & gás.
Os ambientalistas capturam ou assumem os órgãos ou agências regulatórias sobre o meio ambiente e a partir deles promovem uma constante "guerrilha" contra aqueles empreendimentos.
Ainda não têm força suficiente para barrar as implantações, mas usam a burocracia, criando sucessivas barreiras e exigências atrasando a sua execução, encarecendo-os e provocando até mesmo desistências.
As dificuldades de obtenção de licenças ambientais não decorrem da burocracia e da incompetência, como os empreendedores afetados e parte da mídia quer os ouve e repete, percebem e reclamam. Trata-se, na realidade, de um confronto de forças, de um exército rico, mas mal organizado e míope, do ponto de vista estratégico, e uma guerrilha aguerrida, criando sucessivos problemas, para enfraquecer o gigante. É um embate ideológico moderno.
Esse confronto vem afetando diretamente o setor de petróleo. Os empresários e trabalhadores do setor reclamam da descontinuidade da realização dos leilões do blocos. Mesmo os fora do pré-sal e, portanto, fora da discussão sobre o modelo de partilha. São ainda blocos do pós-sal, ainda dentro do modelo de concessão, que não está em litígio, que não exigem a Petrobras como operadora única, tampouco a sua participação obrigatória.
Notícias de hoje dão conta de que uma das razões é a não concretização até hoje, dos blocos leiloados em 2013, por não conseguirem o licenciamento ambiental do IBAMA, para os levantamentos sísmicos.
Os investimentos estão atrasados, há menor ingresso de recursos externos e menor geração de empregos. Na situação da crise atual, a realização desses investimentos poderia ajudar em muito mitigar a situação.
O Brasil tem condições potenciais altamente favoráveis para ser a principal economia verde do planeta. Mas quer fazer isso destruindo a economia negra que ainda domina o país. Sobreviverá até lá? Ou morrerá antes embalado pelo sonho?
Jorge Hori
Jorge Hori
Articulista