O “não” à Guarda Nacional (bolivariana) do Lula vem também de aliado, o governador do menor Estado da federação

02/11/2024 às 19:35 Ler na área do assinante

Politicamente faço oposição à Fábio Mitidieri.

Fato!

Como servidor público acredito que ele poderia ter feito mais do que fez em relação às perdas salariais dos últimos 10 anos, provocadas por seus antecessores, aliados e padrinhos políticos Jackson Barreto e Belivaldo Chagas.

Como policial militar reconheço o esforço para cumprir a promessa de campanha de devolver a periculosidade injustamente retirada de todos os policiais.

Esta semana Fábio participou de uma reunião convocada pelo governo federal, através do ministério da justiça, para tratar sobre a PEC da segurança pública.

Essa PEC, ao meu ver, é muito mais uma proposta para retirar a autonomia dos Estados, em especial dos governadores, no comando das forças policiais e na implementação de políticas públicas de segurança, do que promover a segurança dos cidadãos.

Na fala do governador Fábio Mitidieri, corroborando o que foi dito pelos governadores Caiado e Tarcísio (respectivamente Goiás e São Paulo), dentre outros, ficou clara a sua defesa da autonomia dos Estados e a importância de alterações legislativas para melhoria da segurança pública nos estados, sem no entanto retirar a competência constitucional dos governadores.

Fábio já foi deputado federal, hoje como governador, compreende que leis aprovadas no congresso, muitas vezes, são inexequíveis ou não atendem ao cidadão.

Mitidieri se mostrou indignado com a facilidade que um traficante ou um homicida, por exemplo, facilmente é liberado numa audiência de custódia.

A PEC da segurança pública proposta por Lula e Lewandowski não trata da segurança dos cidadãos, trata da retirada da competência dos governadores dos estados e do distrito federal de planejar e executar as políticas de segurança pública, o que por si só não resolveria a insegurança que assola o país.

Como bem registrou Fábio Mitidieri, segurança pública não é uma questão ideológica, é uma necessidade e um direito de todo cidadão.

O Brasil não pode, não deve e nem merece constituir uma Guarda Nacional, nos moldes da Guarda Nacional Bolivariana (Venezuela), o que pretendem Lula e Lewandowski.

Que a grandiosidade da fala do governador do menor estado da federação, embora aliado de primeira hora de Lula, ecoe pelos demais estados e acabe com essa ideia absurda do Lula de constituir uma Guarda Pretoriana para "controlar o povo".

Henrique Alves da Rocha

Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.

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