Prenúncio de debandada: Ministro petista ameaça pedir demissão
31/10/2024 às 07:59 Ler na área do assinante
Não há dúvida de que o governo está capenga. Um desgoverno, cada vez mais impopular.
Pode ficar pior, quando começar a debandada.
Pior, é quando indícios nesse sentido são dados por ministros do partido de Lula.
Assim, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, indicou, nesta quarta-feira (30), a possibilidade de pedir demissão do cargo caso o governo federal resolva fazer mudanças em programas e benefícios sob a alçada do MTE.
Ele disse:
“Se eu for agredido é possível. Nunca fui. Estou dizendo que essa discussão não existe”.
E completou:
“Uma decisão sem minha participação num tema meu, é uma agressão”.
Marinho ainda afirmou que o cargo pertence a Lula da Silva (PT).
“Todo cargo de ministro é do presidente. Se ele achar que o ministro não está servindo, ele pede para sair”.
Ao ser questionado sobre algumas opções estudadas pela equipe econômica para cortar os gastos das contas públicas, como mudanças na multa por justa causa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), no seguro-desemprego e no abono salarial, Marinho reforçou que o assunto não foi debatido dentro do MTE nem mesmo entre outros ministros.
“Se ninguém conversou comigo, não existe. Se eu sou responsável pelo Trabalho e Emprego. A não ser que o governo me demita”.
E disse ainda:
“Não me consta que nenhum ministro de Estado tenha discutido esse assunto”.
E concluiu:
“As áreas técnicas têm a obrigação de estudar. O que não é de bom comportamento é vazar estudo, que não esteja autorizado pelo ministro titular da pasta”
Na semana passada, Marinho negou os rumores de eventuais mudanças em benefícios do MTE. Em publicação no X, ele escreveu que “o Ministério do Trabalho e Emprego NÃO cogita ou realiza QUALQUER debate sobre o fim da multa rescisória, paga ao trabalhador e à trabalhadora após a demissão, ou sobre a redução do FGTS”.
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