Donald Trump realizou um comício histórico no Madison Square Garden, em Nova York, reunindo milhares de apoiadores e reforçando temas centrais de sua campanha presidencial.
O evento contou com a presença de figuras influentes e aliados políticos de Trump, que destacaram seu apoio à agenda do candidato republicano.
Entre os discursos, o empresário Vivek Ramaswamy foi ovacionado por cerca de 20 mil pessoas, consolidando Nova York, polo tradicional dos Democratas, como um estado potencialmente decisivo nas próximas eleições.
No comício, Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York, sublinhou o apoio a Israel, uma questão sensível para a base republicana.
O público respondeu entusiasticamente ao discurso de Giuliani, que enfatizou a importância de uma postura firme em relação ao país aliado, destacando-se como um dos momentos mais significativos da noite.
Robert F. Kennedy Jr., filho do ex-senador Robert Kennedy, também marcou presença e expressou apoio aos planos de Trump para o país.
Segundo Kennedy, Trump compromete-se a acabar com a vigilância governamental, a censura e o “armamento do governo” contra opositores, priorizando a defesa da classe média e da liberdade de expressão, bem como a preservação da Constituição.
Outro ponto alto foi a fala de Vivek Ramaswamy, que abordou a crise migratória nos Estados Unidos e defendeu a deportação em massa como medida para conter a entrada de imigrantes ilegais. Ele afirmou que o governo deve ser conduzido por representantes eleitos, e não por burocratas do que ele chamou de “Estado profundo”. Ramaswamy enfatizou ainda a necessidade de uma política de autogovernança, sugerindo a remoção de milhões de funcionários federais para garantir o retorno ao controle democrático do governo.
O jornalista e comentarista político Tucker Carlson elogiou a conexão autêntica que Trump possui com seus apoiadores, dizendo que essa é uma característica rara entre os candidatos. Para Carlson, Trump representa o eleitorado que se sente abandonado pela classe política, valorizando sua proximidade com as preocupações reais dos cidadãos americanos. Carlson ainda criticou a classe dirigente, sugerindo que muitos líderes não merecem o status que têm. Ele ressaltou que um sistema justo não colocaria figuras como Liz Cheney e Kamala Harris em posições de poder.
A noite contou também com a participação do apresentador Dr. Phil, que criticou duramente a mídia tradicional e a cultura do cancelamento. Ele defendeu a importância de uma imprensa independente e destacou que a mídia perdeu seu caminho moral, deixando de representar a verdade.
Em um tom incisivo, Dr. Phil apresentou uma crítica ao Partido Democrata, acusando-o de destruir carreiras e perseguir aqueles que ousam apoiar Trump. Elon Musk também fez uma aparição e incentivou o apoio ao candidato republicano, enquanto Melania Trump ressaltou a relevância histórica de Nova York para os Estados Unidos, convocando o público a se engajar ativamente nas eleições.
O evento ainda contou com a presença de Michael ‘Harry-O’ Harris, fundador da gravadora Death Row Records, que expressou gratidão a Trump pela oportunidade de recomeço após sua libertação da prisão. Harris, que hoje atua como líder comunitário, vê em Trump um defensor da justiça e das oportunidades.
Ao longo do comício, os discursos destacaram temas como a defesa da classe média, a oposição à imigração ilegal e o combate ao “Estado profundo”.
A mensagem foi clara: Trump e seus aliados querem atrair eleitores insatisfeitos com o governo atual, prometendo uma reestruturação política significativa nos Estados Unidos.
No final da noite, Trump gerou suspense ao insinuar que ele e o representante Matt Gaetz possuem um “pequeno segredo” que terá grande impacto na eleição. A revelação, no entanto, será feita apenas ao final da corrida eleitoral, deixando o público ansioso.
A arena atingiu a capacidade máxima de 19.500 pessoas e o Departamento de Polícia de Nova York relatou 75.000 do lado de fora.
Carlos Arouck
Policial federal. É formado em Direito e Administração de Empresas.