Ex-presidente é condenado a prisão por propinas da Odebrecht

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O ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo, foi condenado nesta segunda-feira (21) a 20 anos e seis meses de prisão pelos crimes de conluio e lavagem de dinheiro, após ser acusado de receber propinas da construtora brasileira Odebrecht. A sentença foi proferida pelo Segundo Tribunal Penal Colegiado Nacional, presidido pela juíza Zaida Pérez.

Toledo, de 78 anos, foi considerado culpado por favorecer a Odebrecht na concessão das obras dos trechos 2 e 3 da Rodovia Interoceânica, que conecta o Peru ao Brasil, durante seu governo, entre 2004 e 2005. Segundo a sentença, Toledo conspirou para que a Odebrecht ganhasse a licitação em troca de um suborno de 35 milhões de dólares (equivalente a R$ 199,3 milhões), causando prejuízos ao Estado peruano.

O tribunal afirmou que o ex-presidente utilizou seu amigo, o empresário israelense Josef Maiman, como intermediário para receber o suborno por meio das empresas de Maiman. Com a sentença, Toledo retornará imediatamente à penitenciária Barbadillo, em Lima, onde já estava preso desde sua extradição dos Estados Unidos em abril de 2023.

Além de Toledo, outros envolvidos no esquema também foram condenados. Alberto Pasco-Font e Sergio Bravo, ex-funcionários da Agência de Promoção de Investimentos Privados (Proinversión), receberam penas de nove anos de prisão, enquanto o empresário José Castillo Dibós foi condenado a 14 anos.

Toledo é o primeiro ex-presidente peruano a ser condenado no escândalo de corrupção da Odebrecht, que envolveu várias autoridades de alto escalão na América Latina.

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