Cortes no orçamento no Governo Lula penalizam os mais pobres

18/10/2024 às 17:35 Ler na área do assinante

O governo Lula vem enfrentando uma onda crescente de críticas devido aos cortes orçamentários, que afetam diretamente as populações mais vulneráveis.

Sob a justificativa de ajuste fiscal, áreas essenciais como saúde, educação, e programas sociais vitais como o Bolsa Família e o seguro-desemprego estão sendo sacrificadas, traindo promessas de campanha que garantiam uma gestão focada nos mais pobres.

O impacto dessas medidas, além de minar a confiança de seu eleitorado, acirra a sensação de que o governo tem favorecido os ricos, enquanto sobrecarrega ainda mais os menos favorecidos.

Para muitos, o contraste com o discurso de “colocar os pobres no orçamento” não poderia ser mais evidente. Ao invés de proteger os mais necessitados, o governo parece estar empurrando os custos da austeridade sobre eles, reforçando um sistema de desigualdade que Lula havia prometido combater. As esperanças de uma política econômica que corrigisse essas distorções estão se desfazendo diante de uma realidade fiscal implacável.

O fracasso do arcabouço fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é um sintoma dessa gestão vacilante.

A incapacidade de criar fontes sustentáveis de receita e o descontrole sobre os gastos públicos colocam o país à beira de uma crise econômica ainda mais grave. Ao invés de equacionar as contas públicas de forma justa, o governo opta por medidas que aprofundam a desigualdade e agravam os problemas sociais.

Além disso, surgem sinais claros de divergências dentro da própria base aliada. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, criticou publicamente a política fiscal de Haddad, alertando para o risco de colapso econômico. Essa cisão interna, em plena crise, evidencia que o governo pode estar perdendo o controle da situação.

Economistas também soam o alarme. A combinação de alta tributação com o aumento descontrolado dos gastos públicos é uma receita para o desastre, podendo desencadear uma nova crise inflacionária e cambial. Isso afetaria diretamente o poder de compra da população, corroendo a renda dos mais pobres, que já sofrem com os efeitos de uma política econômica que parece ignorar suas necessidades.

Carlos Arouck

Policial federal. É formado em Direito e Administração de Empresas.

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