Frente a deputados, Lewandowski terá que explicar operação da PF contra filha de Eustáquio

Ler na área do assinante

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, foi chamado pela Câmara dos Deputados para esclarecer uma operação da Polícia Federal que envolveu Mariana Wolf Pedro Eustáquio, filha de 16 anos do jornalista Oswaldo Eustáquio. A ação, realizada em agosto e autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, resultou na apreensão de dispositivos eletrônicos da jovem, incluindo um celular e um computador.

A convocação foi aprovada pela Comissão de Segurança Pública da Câmara na segunda-feira (8/10), após um pedido do deputado Gilvan da Federal, que criticou a operação como sendo “excessiva” e “abusiva”. Segundo o deputado, houve um número elevado de agentes federais durante o cumprimento do mandado, e a adolescente teria passado por uma revista íntima, o que abalou seu estado emocional e a deixou com ferimentos na mão.

“No cumprimento do mandado, havia um excesso de agentes atuando como se fossem prender um subversivo, fazendo intimidações. A menor foi submetida a uma revista íntima desnecessária, uma vez que o objetivo do mandado era apenas a busca e apreensão de equipamentos eletrônicos e passaportes, que já haviam sido entregues”, relatou Gilvan no requerimento.

A operação também resultou na intimação de Mariana e sua mãe, Sandra Mara Wolf Eustáquio, impondo medidas cautelares, como o bloqueio de redes sociais e a proibição de uso por terceiros. Em resposta, Mariana relatou que sofreu apalpamentos durante a ação policial, após nove agentes não localizarem seu celular. Os advogados da família, então, formalizaram uma queixa na Corregedoria da PF, solicitando investigação sobre o que consideram abusos cometidos.

Em defesa da operação, a Polícia Federal declarou que a revista foi executada conforme uma ordem judicial e que o celular da menor seria essencial para uma investigação de corrupção de menores, na qual ela figura como vítima. A PF também informou que a revista foi feita com a presença da mãe, de um advogado e do Conselho Tutelar, e que todas as medidas seguiram os protocolos legais.

A Comissão de Segurança Pública da Câmara ainda aprovou um segundo pedido de convocação de Lewandowski, desta vez para esclarecer a aplicação de um questionário de cunho político-ideológico direcionado aos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os deputados Sanderson e Zucco, responsáveis pelo pedido, alegaram que o questionário poderia representar uma interferência político-partidária na instituição, afetando inclusive processos de promoção e progressão de carreira.

Toda a perseguição contra Oswaldo Eustáquio e sua família foi registrada no livro "Supremo Silêncio". Todas as polêmicas ações de Alexandre de Moraes no inquérito das fake news vieram à tona. Clique no link abaixo:

https://www.conteudoconservador.com.br/products/supremo-silencio-o-que-voce-nao-pode-saber

da Redação Ler comentários e comentar