Em Belo Horizonte, ao candidato Fuad Noman: quem não te conhece, que te compre (veja o vídeo)

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O candidato à reeleição para a Prefeitura de Belo Horizonte, o patético Fuad Noman, é daqueles sujeitos oportunistas, que se aproximam de gente poderosa que possa lhe garantir bons cargos. Seu limite, a esta altura, foi a oportunidade que teve com políticos para funções eletivas. O presidente do funesto PSD, Gilberto Kassab, e seu aliado sombrio, Alexandre Kalil, são dois deles. Mas o Fuad está também alinhado com FHC, Aécio e Anastasia, a quem já prestou seus serviços.

Deixando de lado sua desfaçatez política e esquerdopatia, Fuad Noman tem um lado que poucos conhecem; a torpeza moral!

Já havia escrito um romance, e lançado um novo livro, sob o título “Cobiça”, no início de 2020. Em plena pandemia (guardem este detalhe).

O livro romanceado por uma ficção de uma garota que busca memórias familiares, viajando pelo interior de Minas Gerais, estaria dentro da normalidade literária, mas tem um contexto um tanto quanto pervertido. Opa... como assim?

Passeando pelas páginas do romance, encontramos situações nada peculiares a um “homem público”, o que em tese, tudo bem, cada um escreve o que quer, e cada um lê o que quer. Liberdade, né, não?

Fuad, apela para o erotismo e sacanagem em meio a trama. Usa e abusa de expressões chulas. Entre outros, leia alguns trechos (desculpem-me, mas tenho que apresentá-los):

“Pedrinho foi embora para casa, a despeito de ter ficado longe de Maria das Dores e não ter nem encostado nela. Ficou com tesão. Ele olhava para ela e sentia vontade de pegar em seus peitos, beijar aquela boca e principalmente mandar-lhe abrir as pernas e enfiar o pa* sem dó, apenas para vê-la gemer. Ele adorava quando ela sofria debaixo dele e pedia para parar...” 
“... - Devagar, vamos juntos ao prazer. De repente ela gritou e mandou que ele acelerasse e que a penetrasse com violência. - Mais forte - dizia ela. - Mais forte. Enfia esse pa* na minha buc*ta e vamos gozar juntos...”
“... Sua mão começou a descer e então começou a burilar no seu clítoris. Ela delirou. Quando ia tirar a mão, ela segurou e pediu que continuasse. Então, com os dois dedos, ele a acariciava. Ela delirava. Pediu baixinho: - Mais, mais! Até eu gozar! Ele continuou e ela delirou de prazer. Belmira virou-se e começou a chupar o pa* de Pedrinho; depois, deitou-se sobre ele e pediu que a penetrasse. E assim eles atingiram o orgasmo quase que simultaneamente...”

Para ser fiel ao gênero literário proposto no livro de Fuad, o livro não deveria ser classificado no Gênero Romance, que na verdade é uma subcategoria do gênero-mãe Narrativo e/ou Épico, e sim, enquadrado no Gênero Erótico. Em outras palavras, um romance do gênero literário erótico. Mas ia pegar mal um político ser classificado como um autor literato erótico.

Agora, trazendo de volta ao campo político, Fuad, em exercício de função pública, parece que não se incomodou. Quero, então, contextualizar este perfil dele que trago até aqui. Reforçando o que já observei: cada um escreve o que quer e cada um lê o que quer.

Fuad, quando lançou este livro era o Secretário Municipal da Fazenda de Belo Horizonte, no auge da pandemia, em 2020, que atingia fortemente a população, causando sofrimentos e mortes. Enquanto isso, o prefeito Kalil, fazia pirotecnias polítiqueiras (quem não se lembra do terror Kalixiano, que abriu uma infinidade de covas na cidade, do fechamento do comércio e do fique em casa?). Ainda em 2020 formou chapa com Kalil para concorrer à reeleição deste.

O lançamento do livro, que fique claro, obviamente, teve a noite de autógrafos cancelada (seria no Minas Tênis Clube em 13 de março de 2020), causou alvoroço e perplexidade naquele momento. Como vice na chapa da reeleição de Kalil, Fuad se viu em meio a críticas diversas, e na Câmara Municipal, o vereador Jorge Santos (Republicanos), que chamou a obra de Pornografia Política, chegou a pedir a proibição de circulação e da comercialização do livro (sou terminantemente contra - censura, não!). Quando Fuad se tornou o prefeito com a renúncia de Kalil em 2022, que iria concorrer ao governo do estado, a contrariedade continuou, e a Jovem Pan publicou matéria, em agosto 2023, sobre o caso, e o advogado e pastor, Mariel Marley, também se mostrou indignado (ver vídeo no fim da matéria).

Em dezembro de 2022, a desumanidade política de Fuad ficou clara. Se no tempo pandêmico, não se importou com o quadro alarmante da pandemia, quando entrevistado por Paulo César de Oliveira, o PCO, ele avocou a pandemia para responder ao jornalista, fugindo da questão central da pergunta. Leia:

“Os vereadores tiveram muito problema de diálogo na administração Kalil. Com o senhor essa relação mudou?
Não posso dizer da gestão passada, porque foi um momento muito difícil para todo mundo. Nós estávamos vivendo uma PANDEMIA, nós tínhamos coisas para fazer, então houve ali um atrito sim com a Câmara e quando assumi, nós estávamos entrando num outro ciclo, de um outro governo e, ao assumir, procurei a Câmara, a Câmara também me procurou. Fizemos um trabalho harmônico, um trabalho conjunto resolvendo os problemas da cidade e acho que isso foi muito bem-sucedido. Quando se inicia agora a disputa pela presidência da Câmara, tem lá os lados disputados, mas de forma harmônica, de forma conversada, sem nenhum tipo de busca de poder, de supremacia em relação a outro Poder.”

E no final de tudo isso, me pergunto: ele que aceita, especificamente sob o aspecto da falta de pudores do que tratamos aqui, por ser adepto a ideologia de gênero para crianças na escola (inclusive, em seu mandato), e por isso se sente à vontade para publicar um livro pervertido, ou por ser pervertido é aliado às causas da esquerda?

Assista a matéria da Jovem Pan:

Foto de Alexandre Siqueira

Alexandre Siqueira

Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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