Guerra pessoal de Lula contra Israel é racismo antissemita: Uma demolição moral
11/10/2024 às 13:32 Ler na área do assinantePasso a passo, e de sordidez em sordidez, o governo do presidente Lula vai construindo um dos piores momentos da história da diplomacia brasileira.
É, mais que tudo, um processo de demolição moral.
Começou com o Brasil tomando, na prática, o partido dos terroristas do Hamas no assassinato em massa contra civis israelenses um ano atrás – foram 1.400 mortos, incluindo bebês de colo e crianças, estupros e sequestro. De lá para cá, Lula jogou seu governo na militância antissemita explícita, com o disfarce de apoiar a “Palestina” e se condoer com a sorte dos moradores de Gaza.
Chegou, agora, à ilegalidade direta, ao desrespeito aos contratos e ao banditismo nas suas relações comerciais.
O governo Lula já tinha jogado o Brasil na posição abusiva de apoio à invasão da Ucrânia pela força armada na Rússia. Diz que quer a “paz”, mas exige que a Ucrânia “negocie” com o invasor e aceite que os russos conservem o território ocupado; na verdade, Lula põe a culpa da guerra nos ucranianos, por se recusarem a capitular.
É aliado do Irã, regime definido como terrorista por todas as democracias sérias do mundo. Tornou-se cúmplice declarado da ditadura da Venezuela, aceitando o roubo das eleições por Nicolás Maduro – e tratando como “assuntos internos” as prisões políticas, a tortura e o assassinato de opositores pelas gangues do ditador.
A última agressão do Itamaraty de Lula e de Celso Amorim ao direito internacional, à decência comum e à honra do Brasil como negociador de boa-fé é a sua recusa em aceitar o resultado de uma licitação legítima para a compra de armamento destinado ao Exército Brasileiro, numa ação de antissemitismo.
Empresas privadas de Israel, com representação no Brasil, ganharam uma concorrência internacional para o fornecimento de viaturas blindadas. O Estado nacional decidiu que os israelense ofereceram o produto de maior qualidade e melhor preço. Mas o negócio foi vetado, sem nenhuma razão legal, por Amorim.
Tente achar alguma coisa certa, qualquer uma, nessa história toda – é pura perda de tempo, porque está tudo absolutamente errado. A licitação não contém uma única palavra exigindo que a empresa vencedora tenha sede num país que não esteja em guerra. Não é o governo de Israel, de todo modo, quem está fazendo a venda. Também não houve nenhum erro técnico no ambiente da licitação, nem o descumprimento de alguma cláusula pelo vencedor. O que houve foi, simplesmente, a proibição de um negócio legal por causa da nacionalidade de quem ofereceu as melhores condições de venda. Mais: quem decidiu romper o contrato foi um cidadão privado cuja única autoridade é ter sala no palácio presidencial e ser obedecido por Lula.
Resulta, no fim, que as Forças Armadas do Brasil decidiram comprar determinado equipamento de defesa – e a sua decisão foi anulada pela vontade de Amorim, que não tem cargo nenhum na hierarquia militar, nem entre os julgadores da licitação e nem mesmo no Itamaraty. A palavra do Brasil não está sendo honrada porque o vendedor é judeu – apenas por isso.
Israel tem relações diplomáticas com o Brasil. Até o dia 1º de janeiro de 2023 era uma nação amiga. Nunca fez nenhuma ofensa, direta ou indireta, ao Brasil ou aos brasileiros. Mas nada disso é levado em consideração, porque Lula decidiu por conta própria declarar uma guerra pessoal e não autorizada por ninguém contra Israel.
A discriminação anti-israelense é racismo antissemita – desrespeita a lei e foi tomada por causa da raça da empresa vencedora de uma concorrência internacional lícita.
Lula, Amorim e a sua esquadra de bajuladores dizem que não são contra os judeus, mas a favor dos “palestinos”. É o argumento oficial do antissemitismo de esquerda no século XXI, e não engana ninguém. Amorim disse que lamentava o massacre de um ano atrás, mas que Israel tinha de pagar as “consequências” de suas decisões. Não preciso dizer mais nada.
J.R. Guzzo.
Publicado originalmente na Gazeta do Povo.
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