Malafaia dobra a aposta

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O pastor Silas Malafaia abordou a situação de sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em meio à repercussão das críticas que fez ao líder conservador. Entre as declarações polêmicas, Malafaia classificou Bolsonaro como “covarde” e “omisso” por não apoiar com firmeza candidatos associados ao Partido Liberal, o que, segundo ele, prejudicou a imagem do ex-presidente.

Malafaia defendeu seu direito de expressar tanto críticas quanto elogios a Bolsonaro. Ele afirmou que possui "moral para fazer isso" e reforçou sua postura de "aliado" e não de "alienado" em relação ao ex-presidente.

"Eu tenho o direito de criticar, elogiar, defender, não defender a hora que eu bem entendo e tenho moral para fazer isso. Tanto é que, qual é a resposta de Bolsonaro? ‘Não, eu não fico magoado, eu amo o pastor Malafaia’, porque ele sabe que nestes últimos dois anos, ninguém na história aqui do Brasil defendeu ele como eu", declarou o pastor.

O líder religioso também mencionou que conversou com Bolsonaro após a repercussão de suas críticas, destacando que seu papel como pastor é o de influenciar e permanecer fiel aos valores religiosos. Ele reiterou que sua motivação é ser "uma voz e uma influência", sempre guiado por sua fé.

"Eu não sou um politiqueiro. Eu não tenho estratégia política para falar. Não sou candidato a nada. Eu sou uma voz e uma influência. Eu tenho que ter compromisso com Deus e compromisso com a palavra dele. Eu tenho que falar a verdade. Doa a quem doer, machuque quem tiver que machucar, chore quem tiver que chorar", completou Malafaia.

As declarações do pastor geraram reações de várias figuras ligadas à direita brasileira. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) rebateu, afirmando que seu pai agiu corretamente e foi determinante para a situação de Ricardo Nunes em São Paulo.

"O presidente Bolsonaro fez o que tinha que ser feito, no momento certo, e foi decisivo para o cenário em São Paulo. Se não fosse Bolsonaro, Ricardo Nunes não estaria no segundo turno", comentou.

Fábio Wajngarten, advogado e assessor de Bolsonaro, sugeriu que divergências como essas devem ser tratadas internamente:

"Roupa suja se lava em casa, e não em público".

Outro que comentou sobre o assunto foi o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que, embora discordasse de Malafaia, manteve um tom de respeito.

"Tem meu respeito mesmo que esteja extremamente irritado por algum motivo e cometa alguns equívocos, agora atacando de forma absurda meu pai. Desejo do fundo do meu coração muita paz e saúde. Um forte abraço", escreveu.

Por fim, o próprio ex-presidente comentou as críticas de Malafaia, em um tom descontraído, ao dizer à coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles: "Meu Posto Ipiranga não tem gasolina, só tem água".

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