Estratégia do adversário de Bruno Engler deixa escapar fragilidade política, de propostas e pessoal

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Já havia citado em outra matéria o quão o atual prefeito, Fuad Noman, é frágil como mandatário municipal. Seu histórico com o serviço público é ligado apenas e tão somente a serviços de cargos que “ganhou” com pessoas polêmicas do naipe político de gente como FHC, Antônio Anastasia e Aécio Neves, ou seja, um travestido de esquerda e oportunista. Somente teve seu nome levado à público quando pulou no poleiro do então prefeito Alexandre Kalil, tornando-se o seu vice no pleito da reeleição em 2022.

Leia:

https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/63297/direita-mantem-distancia-das-picardias-politi...

Continuando com seu apropriado destino, Fuad foi alçado a prefeito da cidade quando Kalil renunciou para concorrer a governador do estado, como sempre pelas mãos do malévolo Gilberto Kassab, presidente do PSD. Derrota certa!

Nisso, Fuad, nesta eleição, assumiu a disputa para sua reeleição. Como Kalil debandou-se, infiltrado que foi pelo PSD no partido de outro candidato, o Republicanos do Mauro Tramonte, com possibilidade de vencer, ao aceitar, inocentemente, o apoio do infiltrado, e deu com os burros n’água (literalmente).

Por ser um político de bastidores, Fuad não tem o menor traquejo para lidar com o público, e será “jantado” em todo debate que for. Isso não é surpresa, inclusive para seus coordenadores e aliados, haja vista sua péssima performance naqueles debates que compareceu (faltou a 4 deles) no primeiro turno.

Agora, com o segundo turno em curso, em disputa com o Bruno Engler do PL, Paulo Lamac, ex-vice-prefeito do Kalil na primeira gestão e atual coordenador da campanha de Fuad, pediu arrego, e enviou carta/proposta à imprensa, onde pede a formação de um pool de emissoras para termos apenas dois debates, ao invés de assumirem o compromisso assinado por todos os candidatos, ainda no primeiro turno, que prevê oito debates.

 Fica claro, que a fragilidade da campanha de Fuad não fica restrita apenas a ele, mas a todo o seu staff de coordenação. E, cá pra nós, após receber o apoio, já público, dos candidatos da esquerda, derrotados fragorosamente nas urnas, como o Duda Salabert (PDT) e Rogério Correia (PT), o medo, penso eu, ficou ainda mais escancarado!

Restou ao candidato Bruno Engler e sua vice, Coronel Cláudia, divulgar uma nota oficial rejeitando terminantemente a proposta da esquerda.

Vamos a ela:

“Nota oficial da Campanha Bruno Engler sobre proposta de Fuad Noman de realizar apenas dois debates
A equipe de campanha do candidato à Prefeitura de Belo Horizonte pelo PL, deputado estadual Bruno Engler, foi surpreendida com a procura de veículos de comunicação para se pronunciar sobre a proposta enviada pelo ex-vice-prefeito do Kalil Paulo Lamac, que hoje é o coordenador político da campanha do atual prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman, para se formar um pool de emissoras e realizar apenas dois debates no segundo turno, em vez dos oito previstos.
A campanha de Bruno Engler vem a público discordar veementemente da proposta da chapa adversária. Bruno Engler defende que os debates marcados para o segundo turno – Rede Minas e Inconfidência, Band, 98 FM e CDL, TV Record, Itatiaia, Alterosa, O Tempo e Globo Minas – sejam realizados conforme acordos anteriores, para o bem da informação dos eleitores e para o fortalecimento da democracia.
Essa sugestão do coordenador político é vista como uma estratégia para tentar blindar o atual prefeito. Consideramos importante que, neste segundo turno, além das discussões das ideias e propostas para a capital, as condições físicas e intelectuais dos candidatos não sejam encobertas neste momento decisivo para os eleitores de BH. Recentemente, vimos um candidato à Presidência dos Estados Unidos desistir do pleito porque sua verdadeira condição ficou comprovada em um debate.
O candidato do PL, Bruno Engler, não concorda com a formação do pool, mesmo porque já confirmou a presença em todos os debates para os quais foi convidado, da mesma forma que participou de todos os debates do primeiro turno, diferentemente do que ocorreu com o candidato Fuad Noman, que não apareceu nos debates da Rede Minas, da TV Alterosa, Record e O Tempo.
Ressaltamos qUe a maioria das emissoras agendou seus debates junto às assessorias dos candidatos ainda no primeiro turno. Não se pode mudar as regras de uma hora para outra, porque isso prejudica o acesso à informação e é um desrespeito a todos os profissionais que se empenham para realizar um debate.
Os eleitores de Belo Horizonte têm o direito de conhecer, com detalhes, as propostas de cada um, agora que estamos no segundo turno e é possível aprofundar mais os temas, para marcar bem as diferenças entre um candidato e outro.
Consideramos o confronto de ideias fundamental para que o cidadão e a cidadã votem de maneira consciente e bem informada. Quem está propondo diminuir o número de debates, ou pretende fugir dos encontros, não demonstra respeito pela imprensa, pelo eleitorado e nem pela democracia.”
Foto de Alexandre Siqueira

Alexandre Siqueira

Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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