'Por que a Justiça tratou de maneira diferente as manifestações de 2017 e as de 8 de janeiro?'
19/09/2024 às 20:26 Ler na área do assinanteA senadora Rosana Martinelli (PL-MT) defendeu a aprovação de projeto de lei, de sua autoria, que concede anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. O PL 2.676/2024 está na Comissão de Defesa da Democracia (CDD) e aguarda parecer do senador Humberto Costa (PT-PE). Ela reclamou da demora na tramitação de sua proposta.
"Nós queremos e protocolamos esse projeto para que os inocentes realmente sejam anistiados, perdoados. E aqui eu reitero a minha tristeza porque, na Comissão de Defesa da Democracia, não andou nem o projeto [semelhante] do [senador Hamilton] Mourão.
Em um ano e meio desta comissão, somente teve oito sessões, a primeira para implantação, a segunda para determinar quem seria presidente e somente mais seis. Realmente, os trabalhos não andam. Então a gente fica triste, porque a injustiça está sendo feita, e os patriotas estão pagando."
Rosana Martinelli afirmou que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) liderou protestos em Brasília, em 2017, com ocupações de edifícios públicos, como o Ministério da Fazenda. Segundo a senadora, apesar de o grupo ter invadido prédios e vandalizado órgãos públicos, houve pouca repressão e nenhuma prisão em massa.
"Mesmo com toda a violência ocorrida aqui em 2017, as manifestações geraram apenas um debate sobre reforma agrária e direitos trabalhistas.
Em contrapartida, nas manifestações de 8 de janeiro de 2023, com apoiadores de direita, houve uma resposta mais severa por parte das autoridades, com prisões massivas e rápidas, com os direitos civis dos manifestantes sendo desrespeitados. [...]
Por que razão nosso sistema de justiça, que deveria ser imparcial, tratou de maneira tão diferente as manifestações de 2017 e as de 8 de janeiro?", disse a senadora.
Todos os detalhes, relatos e revelações sobre esse fatídico acontecimento estão no livro "08 DE JANEIRO - SEGREDOS E BASTIDORES". A obra mostra detalhes e segredos que não foram revelados ao público. Expõe como tudo teve início culminando nos três dias mais importantes de todo o imbróglio: 07, 08 e 09 de janeiro. No documento estão dados e relatos sobre o polêmico ginásio para onde os presos foram levados, a prisão de Anderson Torres, a “minuta do golpe”, o "alvo" nas costas do ex-presidente Jair Bolsonaro, a Operação Lesa Pátria e ainda mostra as estranhas ações do General G.Dias antes, durante e depois dos atos.
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Fonte: Agência Senado