Musk e a Ópera-bufa da censura brasileira

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Ah, o Brasil! Este país tropical, abençoado por Deus e... governado por quem mesmo? Pois é, meus amigos, parece que trocamos o samba pela marcha fúnebre da democracia. E quem diria que Elon Musk, o homem que quer colonizar Marte, viria botar o dedo na nossa ferida terrena?

Em um ato de bravura digna de novela das oito, Musk decidiu que o Twitter não seria silenciado pelo nosso xerife de toga, o ilustre Alexandre de Moraes. Por 24 horas gloriosas, a passarinhada digital voltou a cantar livremente em nosso território, enquanto o mundo assistia ao espetáculo tragicômico da justiça brasileira tentando calar o pio.

Mas, claro, não subestimemos o poder de persuasão de quem tem uma caneta e nenhum senso de ridículo. Moraes, num movimento digno de um mestre de xadrez—ou seria de damas?—acionou a Cloudflare para fazer o serviço sujo. E lá vamos nós de volta ao silêncio forçado, com o Twitter novamente encurralado.

Mas quem ganhou essa batalha, afinal? Ora, não sejamos ingênuos. Musk não apenas expôs a censura escancarada que grassa por aqui, mas também transformou nossa já combalida reputação internacional em pó estelar. Viramos o garoto-propaganda do autoritarismo disfarçado de legalidade.

O STF, que deveria ser o guardião da Constituição, tornou-se o protagonista de um espetáculo de horrores jurídicos. E enquanto isso, nós, cidadãos comuns, assistimos de camarote ao desmonte das liberdades individuais, com pipoca na mão e incredulidade nos olhos.

A censura é a nova moda primavera-verão nas terras brasileiras. Combina com tudo: com a falta de transparência, com o desrespeito às leis e, claro, com a hipocrisia institucionalizada. E Musk, esse alienígena bilionário, expôs nosso rei—ou melhor, nossos ministros—com todas as suas vergonhas à mostra.

No fim das contas, o que resta? Um país que virou piada internacional, uma justiça que não faz jus ao nome e um povo que, entre memes e indignação, tenta entender em que momento a distopia saiu das páginas dos livros e invadiu nosso cotidiano.

Obrigado, Musk, por nos lembrar que, enquanto olhamos para as estrelas em busca de vida inteligente, esquecemos de procurar inteligência por aqui mesmo. E parabéns ao STF e a Moraes por mostrarem ao mundo como se dança o samba do censor louco. Se era vexame internacional que queriam, conseguiram com louvor.

Santiago Ventura. Escritor e analista político.

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