Embaixador questiona estranha viagem de Barroso e "plano oculto" da China (veja o vídeo)

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O embaixador Ernesto Araújo, ex-ministro de Relações Exteriores, expôs as influências externas que estão agindo para a erosão da democracia e do estado de direito no Brasil:

“A gente vê a democracia brasileira sendo destruída de dentro (...) Agora, temos que ver as influências externas. A China, um país totalitário, tem um projeto hegemônico no mundo. E desse projeto hegemônico faz parte o seguinte: enfraquecer - no fundo, destruir - o sistema democrático representativo nos países democráticos do Ocidente”.

O diplomata expôs que a China vem expandindo sua atuação pelo mundo, aliando-se a países que aceitam se transformar em “chininhas”, reproduzindo os mecanismos de controle totalitário. Araújo apontou:

“O Brasil é muito fácil, porque a elite política brasileira é talvez a menos patriótica do mundo, a menos ligada a qualquer tipo de valores nacionais no mundo, talvez a mais inculta do mundo. Isso conta. A elite política brasileira é a mais covarde do mundo, e é a mais corrupta do mundo. (...) A China entendeu isso e entrou nisso aí. Então a elite política brasileira já está pega pelo bolso”. 

Ernesto Araújo prosseguiu:

“Mas, além disso, a China tem todo o interesse em destruir aquilo que resta de institucionalidade democrática no Brasil. Ela tem interesse em consolidar esse poder pela destruição completa do conteúdo democrático das instituições brasileiras, assim como ela quer em qualquer outro país”.

Ele acrescentou:

“Dezenas de autores ocidentais estão dizendo isso, estão percebendo isso, que não é apenas o interesse econômico de investimentos chineses que está penetrando. É o modelo chinês: ausência de liberdade, controle estatal, falta de liberdade de expressão, falta de liberdade de pensamento. Tudo isso está penetrando. Então a China é sócia do corruptariado brasileiro”.

O diplomata expôs os laços do Supremo Tribunal Federal brasileiro com a China, lembrando que o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, viajou ao país para assinar acordos de cooperação. Araújo disse:

“Luís Roberto Barroso foi lá. Ele não precisava ir fisicamente à China para estabelecer isso e para abrir os braços para essa influência chinesa. Mas, indo à China, ele fez algo que os chineses gostam muito, que é prestar vassalagem, mostrar. Você tem que ir para a China, você tem que fazer o que o chinês quer, e mostrar. Aí você ganha muita coisa. Então, ele foi lá. Isso mostra que em grande parte, hoje o STF brasileiro é vassalo da China”.

Ernesto Araújo apontou que a China não tem uma tradição jurídica que poderia interessar a um país democrático. Ele disse:

“É um país totalitário. É um país onde não existe Estado de direito, onde a justiça é comandada pelo mesmo poder que comanda o Executivo, que comanda o que seria o correspondente a um legislativo, onde as pessoas não têm voz, o cidadão não tem voz, não existe liberdade coisa nenhuma na China. Então, que tipo de cooperação pode vir de autoridades desse país para o judiciário brasileiro? Ajudar esse Judiciário a implantar um regime tirânico no Brasil. Não é outra coisa”.

O diplomata explicou que a vassalagem não se limita ao judiciário. Ele disse:

“O Lula foi lá para mostrar vassalagem e para entregar à China. Foi lá com uma delegação que não cabia nem na foto. A foto tem que ser tirada a 100 km de distância para caber todo mundo na foto”.

Araújo resumiu:

“Então, a China está por trás do Executivo brasileiro, está por trás do Judiciário brasileiro, e do Legislativo também. A bancada chinesa no Congresso brasileiro é maior que a bancada brasileira”.

Ele ironizou:

“Tenta falar de alguma coisa que seria contrária aos interesses chineses no Congresso brasileiro, e você vai ver o que acontece”.

O diplomata acrescentou:

“Então, isso agora está consagrado em acordos aí com o STF brasileiro, e justamente no momento em que o STF brasileiro está partindo para cima da liberdade de expressão de maneira clara, inegável, sem esconder de forma nenhuma”. 

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