O Sistema: O "monstro" democrático que compra 100% da dignidade e coragem das autoridades

Ler na área do assinante

No cenário político atual do Brasil, dois personagens se destacam não apenas pela posição de poder que ocupam, mas pela completa subserviência que demonstram frente ao sistema que os acolhe e os molda. Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, são a personificação da omissão, vassalagem e cumplicidade com o sistema que nos esmaga. 

O sistema, quem sabe, é o monstro mais democrático que existe; engole todos os políticos igualmente, sem distinção ou preconceito. Exatamente 100% entram na folha de pagamento, de um jeito ou de outro. Direta ou indiretamente. Talvez, esse pagamento não seja por dinheiro, mas por poder e privilégios que se agregam com o medo e a covardia. 

Entretanto, a questão vai além das figuras desses dois líderes políticos. O comportamento deles reflete uma tendência preocupante entre os poderosos da política brasileira: o medo paralisante de enfrentar as arbitrariedades do ministro Alexandre de Moraes, que, com suas decisões autoritárias, vem corroendo as bases da liberdade no país. 

Nesse cenário de crescente autoritarismo, até mesmo gigantes do setor privado, como as empresas de Elon Musk, encontram-se à mercê de um sistema que se mostra cada vez mais hostil à liberdade de expressão e à livre iniciativa. 

O sistema político brasileiro, muitas vezes descrito como um monstro, pode ser o mais democrático que existe, no pior sentido da palavra. Ele não faz distinção: engole todos os políticos igualmente, sem preconceito.

Aqueles que ousam questionar ou desafiar sua lógica perversa são rapidamente enquadrados ou neutralizados. 

Nesse contexto, as arbitrariedades do ministro Alexandre de Moraes, especialmente no que tange à censura e ao controle sobre o ambiente digital, têm encontrado pouca ou nenhuma resistência significativa dos líderes políticos do país. É nesse ambiente que as empresas de Elon Musk, conhecidas por seu compromisso com a liberdade de expressão e a inovação, enfrentam desafios que vão além das questões econômicas ou regulatórias. Elas estão lidando com um sistema que não hesita em punir qualquer um que ameace seu status quo. 

Opinião

O que vemos hoje no Brasil é um perigoso silêncio por parte dos poderosos. Em vez de se posicionarem contra o crescente autoritarismo, preferem se acovardar e não fazem nada para parar as ações arbitrárias que ameaçam não só a liberdade individual, mas também o ambiente de negócios e inovação no país. 

As empresas de Elon Musk, ao tentarem operar em um país onde o autoritarismo do sistema político é crescente, estão descobrindo que a falta de ação dos líderes políticos pode ser tão perigosa quanto as próprias decisões arbitrárias do ministro Moraes. 

O Brasil, que sempre se apresentou como um país de grandes oportunidades internacionais e de uma democracia vibrante, agora se revela um gigante de pés de barro, onde a liberdade está em risco, e o autoritarismo se infiltra nas entranhas do poder. 

Se a covardia continuar a dominar a cena política, não será apenas a liberdade das empresas de Elon Musk que estará em jogo, mas a própria essência do que significa ser uma nação livre.

Foto de Daniel Camilo

Daniel Camilo

Jornalista e estudante de Direito e Ciências Políticas. Conservador de Direita e Nacionalista. Em 2022, concorreu ao cargo de deputado federal pelo Estado de São Paulo. Atualmente, está dedicado à escrita do seu primeiro livro, "Academia do Analfabeto Político”, uma obra que tem ênfase na ética política e no comportamento analítico do cidadão enquanto eleitor.

Ler comentários e comentar