Surreal! Entre Boulos e Marçal, Tarcísio sugere voto nulo… (veja o vídeo)

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Surreal é pouco. A situação política atual mais parece um pesadelo no estilo "Freddy Krueger", onde o sonho se transforma em uma realidade capaz de causar ferimentos graves, se não algo pior.

Essa é a sensação que a política brasileira nos dá nesta última semana. Outra analogia seria "Dormindo com o Inimigo", onde as traições passionais são os pecados menores, comparadas às "facadas nas costas", sabotagens e tramas que vão muito além de uma simples traição.

A política brasileira, quando se trata de sacanagem e contradições, faz as produções de Hollywood parecerem novelas da Record, como "Mutantes".

O enredo desse filme de "sacanagem e sodomia" à brasileira inclui as incoerências ideológicas do apoio de Bolsonaro a Ricardo Nunes e as perseguições ao candidato Pablo Marçal, que, até agora, tem representado genuinamente a voz e as vontades dos eleitores conservadores nas eleições de 2024.

Logo em seguida, vemos a união descarada e explícita de todos os candidatos, inclusive do próprio candidato de Bolsonaro, para tentar barrar a candidatura de Marçal, com três pedidos de impugnação na justiça. E quando digo todos, são todos mesmo, unidos e juntos com o único objetivo de tirar Marçal do mapa político, não apenas na corrida eleitoral de São Paulo, mas em qualquer disputa futura.

Eduardo Bolsonaro, em um de seus vídeos, tenta imputar crimes a Marçal, relacionando-o com a facção paulista e o tráfico de entorpecentes.

Tabata Amaral segue a mesma linha, tentando ligar a imagem do empresário a roubos de banco.

Guilherme Boulos, o candidato do PSOL, usa a mesma estratégia, somando acusações que vão de tráfico a assaltos a bancos.

O atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, também foca nessa narrativa, sugerindo que há inquéritos sigilosos da Polícia Civil do Estado de São Paulo envolvendo o partido de Marçal, insinuando ainda que as informações foram obtidas com a influência do governador Tarcísio.

Para piorar, as redes sociais de Marçal foram suspensas judicialmente a pedido de Tabata Amaral, do PSB. Mas a história não acaba aí. Um trecho de uma entrevista tem circulado nas redes sociais e na imprensa, com uma declaração polêmica do governador Tarcísio de Freitas.

Questionado pelo jornalista de esquerda Piperno, na CNN, sobre em quem votaria no segundo turno caso a disputa ficasse entre Pablo Marçal e Guilherme Boulos, e não Ricardo Nunes, Tarcísio, visivelmente desconfortável, hesitou e disse que possivelmente votaria nulo. Essa fala caiu como uma bomba, especialmente nos círculos conservadores.

Tarcísio, conhecido por sua postura firme em defesa da democracia, foi duramente criticado no movimento conservador e por grandes personalidades da direita, como o jornalista Allan dos Santos.

Além das várias manifestações de candidatos a vereadores de direita contra as falas do governador, alguns chegaram a afirmar nas redes sociais que o voto nulo sugerido por Tarcísio só beneficia o candidato de esquerda, Guilherme Boulos.

Houve ainda quem considerasse a sugestão de voto nulo como um dos mais graves “crimes” vindo de uma liderança ideológica, especialmente em época de eleições. Ensinar o voto nulo, segundo esses candidatos, é um desserviço à democracia e à própria causa conservadora, que deveria estar unida contra o verdadeiro inimigo.

Opinião:

Em meio a esse cenário, fica claro que o eleitor precisa tratar o político como um patrão. Cada um no seu lugar. Não é prudente criar vínculos maiores do que uma relação de trabalho. Porque, na hora de demitir, não pode haver consideração além da relação de patrão e empregado. Se o político cometeu um erro, deve ser mandado embora. E que não venham com a desculpa de que precisamos valorizar o que ele fez no passado.

Ele só cumpriu sua obrigação, e foi muito bem pago para isso. Sem político de estimação! Quando tratamos políticos como membros da família, fica difícil fazer as críticas necessárias. O verdadeiro inimigo são eles, e nós, como sociedade, devemos permanecer unidos. E que se explodam se não estiverem à altura das expectativas.

Veja o vídeo:

Foto de Daniel Camilo

Daniel Camilo

Jornalista e estudante de Direito e Ciências Políticas. Conservador de Direita e Nacionalista. Em 2022, concorreu ao cargo de deputado federal pelo Estado de São Paulo. Atualmente, está dedicado à escrita do seu primeiro livro, "Academia do Analfabeto Político”, uma obra que tem ênfase na ética política e no comportamento analítico do cidadão enquanto eleitor.

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