O Brasil nunca precisou tanto de você: dia 7 de setembro na Av. Paulista

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Em que pese a eleição para prefeito da maior cidade do país, o brasileiro tem assuntos mais importantes para resolver nesse momento. Aliás, o Brasil nunca precisou tanto de você quanto está precisando agora.

As provas trazidas ao público pelo advogado e jornalista Glenn Greenwald, escancararam a ditadura da toga que atua ao arrepio da lei, dos preceitos constitucionais e do devido processo legal.

As matérias da Folha de São Paulo comprovam que se instituiu uma organização criminosa constituída por autoridades públicas e servidores do alto escalão, que persegue e prende formadores de opinião, sejam eles opositores políticos, influenciadores e jornalistas – enfim, todos aqueles que enfrentam as aberrações praticadas por essa gigante organização criminosa (composta até por informantes que são deputados).

Censuraram a imprensa, amordaçaram veículos de comunicação e ameaçaram outros. Criaram o crime de opinião e intimidaram o povo. Até uma juíza teve que fugir do Brasil ou seria presa. Como ela, milhares de brasileiros tiveram que se exilar no exterior.

Outros milhares de cidadãos foram presos aqui, de forma absolutamente ilegal. Alguns morreram no cárcere e outros tiveram suas vidas e famílias estilhaçadas. Seus advogados sequer tinham acesso aos autos ou as acusações contra seus clientes. As condenações do 8 de janeiro ficam na casa dos 17 anos de reclusão.

A pesca probatória tornou-se a menor das ilegalidades praticadas por essa falange criminosa, que passou a praticá-la rotineiramente, como se estivesse absolutamente dentro dos ditames do Código de Processo Penal.

E assim perseguem, eliminam ou sufocam seus algozes. Expedem mandados de bloqueio de contas bancárias, suspendem pagamentos e desmonetizam perfis nas redes sociais, levando famílias à bancarrota ou às necessidades mais básicas. 

O medo tomou conta das ruas e não há quem ouse desafiar o sistema, pois poderá pagar com a própria vida ou sua liberdade. Seja você um juiz, um advogado, um jornalista, um deputado ou senador – quem se opor vai preso. Se você fugir, seu filho poderá ser preso no seu lugar, através de construções jurídicas que invertem e subvertem o Direito.

Em nome da democracia instituiu-se uma ditadura.

O fato é que nunca estivemos tão próximo do impeachment do ministro Alexandre de Moraes quanto estamos neste instante. Não fosse Rodrigo Pacheco, sua lustrada cabeça careca já estaria sendo servida na bandeja do Senado Federal há tempos. Só que dessa vez a situação é insustentável e o presidente da casa legislativa não terá como recusar a abertura do processo – as provas são irrefutáveis.

No momento mais importante da história recente, desde que se esboçaram os primeiros contornos dessa ditadura que se emprenhou no Brasil – na hora que o povo tem que reagir ao ditador, a grande mídia foca na corrida eleitoral para a prefeitura de São Paulo, tirando a atenção dos atentados praticados durante o processo eleitoral de 2022 e do escândalo que veio à tona revelando como essa organização atua (seu modus operandi), os crimes por ela praticados, sua hierarquia de comando e tudo mais.

Não se deixe enganar! É batom na cueca. Dessa vez o ministro deixou o rabo de fora, é só pisar.

Mas quem tem que pisar é o povo – e se não concentrarmos atenção na manifestação de 7 de setembro, Rodrigo Pacheco se sentirá à vontade para engavetar mais um pedido de impeachment contra o Xandão.

O que está em jogo é a sua liberdade e o futuro dos seus filhos.

Estamos na linha limítrofe. A passividade popular nos fará mergulhar num sistema totalitário jamais vivido no país.

Dia 7 de setembro você está convocado a comparecer na Av. Paulista!

Pelo impeachment de Alexandre de Moraes e por urnas eletrônicas com voto impresso em 2026!

Pelo Brasil, por você e pela sua família!

Conscientize-se.

Foto de Carlos Fernando Maggiolo

Carlos Fernando Maggiolo

Advogado criminalista e professor de Direito Penal. Crítico político e de segurança pública. Presidente da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro – AMO-RJ. 

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