A morte tenebrosa da secretária da Apae e a surpreendente revelação do autor do crime
27/08/2024 às 07:37 Ler na área do assinanteCláudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos, secretária-executiva da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Bauru, no interior de São Paulo, foi assassinada a tiros e teve o corpo queimado em uma chácara, de acordo com investigações da Polícia Civil.
A motivação seria um “rombo no caixa” da entidade.
O crime, inicialmente registrado como desaparecimento, contou com detalhes macabros e o envolvimento do presidente da entidade, Roberto Franceschetti Filho, que está preso.
Tudo começou em 6 de agosto, quando Cláudia foi vista pela última vez com vida, saindo da Apae de Bauru, sem documentos, celular e levando um envelope.
Ela havia sido vista guiando um carro GM Spin branco e, desde então, ninguém conseguiu mais falar com ela.
No dia seguinte, por volta das 11h, o carro que ela dirigia foi encontrado.
Dentro do veículo, policiais localizaram um estojo deflagrado de pistola, calibre 380, além de manchas de sangue humano no banco traseiro e no carpete, como confirmaram posteriormente laudos periciais.
No notebook de Cláudia foram encontradas planilhas de contabilidade pessoal, incompatíveis com a renda da secretária, e com valores em aberto em relação a Roberto.
Diz o relatório policial:
“Passamos a trabalhar com os fortes indicativos de rombo no caixa da entidade assistencial, má gestão e conflitos de interesse entre presidente e secretária executiva”.
Imagens de uma câmera de monitoramento são descobertas pela Polícia Civil. O vídeo desmente relatos anteriores de Roberto.
Nos registros, Cláudia desembarca do GM Spin e senta-se no banco traseiro do veículo, cujo volante é assumido pelo presidente da Apae.
O carro fica parado por cerca de três minutos, período durante o qual, de acordo com a polícia, a vítima foi assassinada, com o uso de uma pistola calibre 380.
Roberto leva o carro até o bairro Pousada da Esperança, região usada por um “homem de confiança” dele para queimar “papeladas” da entidade.
De acordo com a investigação da Deic, a geolocalização e a movimentação do celular de Roberto são compatíveis com o endereço da chácara onde foi encontrado o que sobrou do corpo da vítima: apenas fragmentos de ossos.
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