O SOS Saúde Rio Grande do Sul tem sua atenção voltada também a saúde mental

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Desde o início da catástrofe que atingiu o RS, o SOS Saúde se mobilizou rapidamente para o atendimento médico profissional às vítimas. Com milhares de voluntários, e com a força de outros movimentos e campanhas, brasileiros atuaram in loco e por telemedicina em todas as áreas da saúde. O apoio institucional, logístico e material, pessoal e empresarial, também se juntou a esta causa humanitária.

A saúde mental, provavelmente, é o sistema do ser humano que vai necessitar de um longo caminho para seu restabelecimento. Os vitimados pela tragédia, qualquer que seja a natureza, pois sabemos que mesmo os que estão longe do cenário revirado dos locais atingidos, tem, no mínimo, seu emocional abalado.

Num texto sucinto, porém bem elucidativo, a psicóloga, psicanalista e professora, Leci Maria Soriano Bobsin Corrêa, estabelece uma linha efetiva para os cuidados dos afetados, entendendo as causas, o perfil do paciente e suas necessidades para o tratamento adequado no que tange seu psíquico.

Todo e qualquer paciente, ao receber um profissional da área, instantaneamente se sente acolhido e abre caminho para a busca do equilíbrio e melhor qualidade de vida. Não à toa, o SOS Saúde RS disponibilizou suas melhores ferramentas para todos os profissionais da saúde mental. 

Deixo aqui, meu reconhecimento a todos os psicólogos, psiquiatras e psicanalistas que doaram seu conhecimento e tempo para cuidar de seus pacientes. Sentimo-nos irmanados pelo coração.

Vamos ao texto:

A vida pós enchente e os reflexos à saúde mental

Leci Mª Soriano Bobsin Corrêa

Psicóloga, Psicanalista e Professora.

“A vida dos gaúchos, após as enchentes que assolaram o nosso estado, nunca mais será a mesma. Em meio ao cenário caótico, superar as perdas físicas, emocionais e lidar com o estresse pós-traumático são apenas alguns dos desafios a serem enfrentados. É preciso buscar forças para recomeçar, mas não é fácil. Direta ou indiretamente todos nós fomos atingidos e procurar ajuda para lidar com os danos causados por esse desastre climático tornou-se imperativo. O que vivemos no Rio Grande do Sul, foi e ainda é uma ação emergencial.
Em uma situação de calamidade as pessoas envolvidas se deparam de forma abrupta com a realidade, podendo experimentar sensações emocionais intensas que vão desde o medo paralisante à agitação desordenada; da dor extrema à ausência de dor. Ainda, as circunstâncias traumáticas podem desencadear reações psíquicas à curto, médio e longo prazo, sendo necessário buscar apoio psicológico para compartilhar as dificuldades vivenciadas.
Há muito pouco tempo vivemos uma pandemia, quando o Brasil se deparou com um problema que costuma ficar longe dos debates sobre epidemias, desastres e grandes crises: os reflexos à saúde mental.
Após uma situação de calamidade, principalmente as pessoas que foram diretamente afetadas continuam sentindo medo, ansiedade, sintomas físicos e desenvolvendo transtornos depressivos. Neste sentido, emerge uma necessidade ímpar de atenção à saúde mental. A procura por profissionais da área - psicólogos e psiquiatras - vêm crescendo assustadoramente devido aos danos provocados pelas enchentes. Essa é uma realidade que deverá se manter durante muito tempo.
O acolhimento e apoio de profissionais especializados requer um olhar atento ao sofrimento das pessoas enquanto parte da população direta ou indiretamente afetada, considerando suas potencialidades para a resiliência e as vivências particulares. Ainda, o tratamento contínuo é essencial para obter melhores resultados e menores prejuízos à saúde mental.”

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Foto de Alexandre Siqueira

Alexandre Siqueira

Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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