Agora tudo faz sentido.
Lula era só um laranja.
Dilma, uma presidenta de fachada.
O golpe (sim, foi golpe) se deu quando Temer, o chefe da facção, resolveu romper o acordo, sair das sombras e tomar o poder das mãos dos intermediários.
Aécio não passou de um boi de piranha.
Cunha, de um marionete.
Moro, de um inocente útil.
E a gente fazendo vudu do Toffoli, do Gilmar, do Lewandowski.
E a gente vomitando com os discursos do Zéduardo Cardozo.
E a gente botando camisa da CBF no domingo.
Sabe-se agora que foi Temer quem inventou a tomada de três pinos e o selfie no espelho da academia.
Que é o Temer quem banca os anúncios da Trivago a cada 15 segundos na tv a cabo.
Foi o Temer quem convenceu o Trump a usar o mesmo bronzeador da Vera Fischer.
É o Temer quem obriga o Paulo Gustavo a se vestir de mulher 90% do tempo - e o Fábio Porchat a só fazer papel de bicha nos vídeos do Porta dos Fundos.
Foi o Temer quem fez o Rio de Janeiro ter que escolher entre Freixo e Crivella.
O Temer quem escalou Fiuk para galã da novela das nove.
Quem matou os pintinhos de Atibaia? Temer.
Quem projetou a fachada daquele 'tripléques' do Guarujá? Temer.
Quem indicou o cirurgião que fez o nariz da Gleisi Hoffman? Temer.
Quem escolhe a roupa e o repertório da Marília Mendonça? Temer.
Temer.
Temer.
Temer é o nosso Rasputin, o nosso Richelieu, o nosso Golbery, o nosso Keyser Söze.
Um mix de Dr. Jeckyll, Cuca, Mefisto, Voldemort e Susana Vieira.
Matou Celso Daniel.
Escondeu Elisa Samúdio.
Convocou o Dunga.
Chamou o Bessias.
Podem parar a Lava Jato, soltar o Cabral e indenizar o Odebrecht, que a culpa é do mordomo.
Eduardo Affonso
Eduardo Affonso
É arquiteto no Rio de Janeiro.