Justiça determina que ex-jogador pentacampeão da Seleção Brasileira desocupe casa por dívida

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O ex-jogador da Seleção Brasileira, Edmílson, recebeu uma intimação do Tribunal de Justiça de São Paulo para desocupar sua residência em Santana de Parnaíba, na área nobre de Tamoré. Notificado no dia 15 de agosto, ele e sua esposa têm até o próximo domingo (25) para deixar o imóvel.

O juiz Guilherme Vieira de Camargo autorizou o uso de força policial e o arrombamento da residência, caso o prazo não seja cumprido.

Edmílson havia colocado a casa como garantia em um contrato de empréstimo de R$ 4,5 milhões com o Banco Inter em janeiro do ano passado, mas não conseguiu honrar as parcelas. Como resultado, a Justiça concedeu a posse do imóvel ao banco, que posteriormente o leiloou.

A empresa UX Intermediações de Negócios adquiriu a casa, mas relatou que tentou, sem sucesso, convencer Edmílson a sair de forma amigável. Em agosto, a companhia solicitou à Justiça a desocupação compulsória, resultando na intimação do casal.

O juiz determinou que, após o vencimento do prazo, será expedido um mandado de despejo, autorizando medidas mais rigorosas, se necessário.

O advogado de Edmílson, José Maria Lopes, declarou que o ex-jogador tentou renegociar a dívida antes do leilão, que teria ocorrido antes do prazo final para novas tratativas. A defesa também questiona a lisura do leilão, alegando que a casa foi vendida por R$ 9,5 milhões, enquanto existiriam ofertas mais altas, incluindo uma de R$ 12 milhões.

O advogado sugere que o valor de arremate não corresponde ao que foi registrado no leilão, o que indicaria um possível favorecimento ao comprador, o que é contestado pela Lei 9514/97.

A UX Intermediações de Negócios afirmou, em nota, que todas as medidas legais foram seguidas de acordo com os procedimentos judiciais, e que qualquer questão será discutida judicialmente.

Edmílson, que fez parte da Seleção Brasileira campeã mundial em 2002, agora enfrenta essa difícil situação enquanto busca reverter a perda do imóvel.

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