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O Estado do Rio de Janeiro está implementando uma estratégia para transferir líderes do Comando Vermelho (CV) atualmente presos em unidades estaduais para presídios federais. O objetivo é dificultar a comunicação desses líderes com seus subordinados que estão em liberdade, reduzindo assim o poder de influência da facção.
A decisão foi tomada em uma reunião realizada na manhã desta segunda-feira (19) no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), localizado na região central do Rio. Participaram do encontro o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, além de representantes das secretarias de Polícia Civil, Polícia Militar e Administração Penitenciária, bem como do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).
Conforme o governo estadual, a medida é uma resposta aos "atos covardes" perpetrados por líderes do Comando Vermelho, que continuam a ordenar ataques violentos em territórios dominados por facções rivais, mesmo estando encarcerados. Essas ações visam a expansão territorial da facção.
Victor dos Santos afirmou que o governador Cláudio Castro determinou a identificação das principais lideranças do CV que estão por trás da retomada e ampliação de territórios. Atualmente, o governo está revisando a situação jurídica de cada líder para solicitar à Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a transferência para presídios federais.
O secretário salientou que os recentes ataques da facção têm causado graves transtornos no estado. Um exemplo que precipitou a decisão foi um atentado a tiros ocorrido na Praça Barão de Drummond, em Vila Isabel, na noite de domingo. O ataque resultou em cinco mortes e deixou duas pessoas feridas, segundo a imprensa, embora a Secretaria de Estado da Polícia Civil do Rio tenha confirmado quatro mortes até o momento.
Segundo Victor dos Santos, o atentado foi executado por criminosos da comunidade da Mangueira, durante um encontro de famílias que assistiam a um jogo de futebol.
Além da transferência, a Secretaria de Segurança planeja solicitar que esses líderes sejam enviados a presídios federais diferentes do que abriga Marcinho VP, outro importante líder da facção.
O governador enfatizou que a equipe de segurança, em cooperação com o Ministério Público, está elaborando pedidos de transferência individualizados, com justificativas detalhadas para cada caso, de modo a fortalecer as ações judiciais contra os criminosos.
O atentado em Vila Isabel está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que já identificou três suspeitos e continua a realizar diligências para esclarecer todos os detalhes do crime.
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