Com robusta prova de que ministro faz ‘política partidária’, impeachment de Gilmar Mendes é protocolado (veja o vídeo)
15/06/2017 às 06:22 Ler na área do assinanteMuitos céticos não acreditam na queda de Gilmar Mendes.
Num país que se acostumou a ver a injustiça prevalecer e os maus sempre levarem vantagem, realmente é complicado crer em coisas desse tipo.
Nesse sentido, a Operação Lava Jato tem funcionado como um divisor de águas e tem efetivamente contribuído para que muitos que se acostumaram a viver na impunidade, sejam exemplarmente punidos.
Falta adentrar no submundo do Judiciário, que, afora algumas performances isoladas, nunca atuou para fazer a verdadeira Justiça, sempre agiu aliado à conveniências e alheio aos anseios da sociedade.
O ministro Gilmar Mendes é um notável exemplo.
Sua punição na esfera do Judiciário será fundamental para que o Brasil respire ares de novos tempos.
Todos os dias fatos novos depõem contra a sua linearidade. Esta semana o Brasil viu estupefato que o IDP, a escola jurídica de Gilmar Mendes, recebia generosos recursos dos irmãos Batista (veja aqui).
Paralelamente, conforme, ‘modéstia às favas’, o Jornal da Cidade Online havia previsto (veja aqui) a questão do impeachment acaba de retornar com força avassaladora.
Um grupo de juristas renomados protocolou nesta quarta-feira (14) um novo pedido (veja aqui).
Os autores acusam o magistrado de ter cometido crime de responsabilidade, apontando como uma das provas um diálogo gravado pela Polícia Federal entre Gilmar e Aécio Neves.
O senador afastado solicita claramente a atuação política partidária de Gilmar, pedindo que ele interceda junto a um outro senador, para que este vote pela aprovação do projeto de lei que trata do abuso de autoridade. Gilmar acata o pedido e promete atuar politicamente. Uma coisa bisonha e repugnante.
Trata-se de prova concreta, indiscutível e irrefutável.
A sepultura já está devidamente cavada, mas o defunto é extremamente pesado. O Brasil precisa que a sociedade ajude a carregá-lo e enterrá-lo definitivamente.
Abaixo, ouça a conversa interceptada pela PF.
Amanda Acosta