Quem mandou fritar o “Xandão”?

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Nós já estamos carecas de saber que a esquerda não dá ponto sem nó. Nada acontece por acaso. Por algum motivo mandaram fritar o Xandão.

Mas que motivo será esse? Quem está por trás dessa manobra?

O que sabemos é que eles são estrategistas e têm o dom de prever o futuro, ou melhor, de antever o desenrolar dos fatos. Uma peça que eles mexam no tabuleiro, é uma jogada ensaiada que o adversário só vai perceber depois que outras peças mudarem de posição e estiver preparado o xeque-mate. Aí é tarde.

Pensem: a grande mídia comprada até na alma, que sempre defendeu ou passou panos quentes nos escândalos de seus patrocinadores, dessa vez resolveu virar a mesa contra Alexandre de Moraes – o que nos faz concluir que tiveram o aval do Lula para isso, já que ele é quem sustenta os contratos milionários com a mídia.

A impressão é de que estão jogando uma moeda de ouro do outro lado da colina para que seja encontrada, de molde a despistar a localização de todo o pote de ouro. Seria esse pote de ouro a nulidade das eleições de 2022?

À primeira vista não faz sentido tal conjectura, pois essa pequena moeda de ouro já vem com elementos suficientes para se anular as eleições passadas. Afinal, restou comprovado que o presidente do Tribunal responsável por realizar o pleito eleitoral agiu de forma não apenas parcial ou tendenciosa, mas criminosa, ao perseguir os opositores de seu preferido. Uma perseguição contumaz que perdura até os dias de hoje.

Glenn Greenwald, por sua vez, não iria rifar a sua carreira se baseando em prova ilegal ou obtida por meio ilícito. Assim, apesar de preservar a sua fonte, fecha muito o leque de opções de quem teria sido o seu informante – a origem da prova.

Uma conversa privada de WhatsApp como meio de prova somente será legal se obtida de duas formas: através de mandado judicial que quebre o sigilo da conversação ou através de um de seus interlocutores, que forneça o conteúdo da conversa espontaneamente, de forma livre e consciente.

Temos apenas uma das pontas desse fio desencapado. Sabemos que um dos assessores da “gestapo” do careca deu a alguém o acesso às conversas, mas que não necessariamente seja o Glenn Greenwald. Sabemos, também, que a grande Imprensa, que sempre foi capacho da gordas verbas públicas, está tratando Alexandre de Moraes como trata os bolsonaristas – e para isso tem a benção do Lula.

Quando essas provas foram vazadas e por que só agora detonaram essa bomba?

É óbvio que há um plano em andamento – mas qual? A esquerda sempre anda na frente – essas movimentações no cenário demonstram que existe um plano em execução.

Nesse exato instante, o maior inimigo da nação se chama Rodrigo Pacheco. Essa blindagem que o presidente do Senado proporciona aos ministros do STF, aí incluído o careca, chega a ser uma omissão delituosa. São mais de 60 pedidos de impeachment contra os ministros da Suprema Corte engavetados por essa criatura.

As denúncias contra Moraes chegaram na hora que ele está enfraquecido. No momento que as aberrações da Ditadura da Toga foram internacionalizadas, batendo à porta do Congresso americano e com a eleição de Trump chegando à galope.

Eles querem trocar o ministro, por quê? Seria uma forma de “queima de arquivo”? Retira-lo das engrenagens visando esconder maracutaias ainda piores do passado recente?

De qualquer forma, a notícia que se tem é de que ainda não vai ser dessa vez. O presidente do Senado não vai iniciar um processo de impeachment contra o Xandão. É claro, ele também conta com a blindagem do STF: uma mão suja lava a outra.

Essa cumplicidade criminosa manchada de sangue, que já ceifou a vida de brasileiros e privou a liberdade de outros, intimidando toda a nação, justificaria uma intervenção militar, se tivéssemos um generalato digno das honrarias que carregam.

É chegada a hora de um levante popular para que se veja cair o imperador da capa preta. Não há outra forma de se resgatar os princípios democráticos de Direito e o devido processo legal, nesse país, sem a queda do careca.

Independentemente de qualquer panorama futuro, quem está por trás dessa fritada de omelete? Quais as suas reais intenções? Será que realmente está dando um ovo para proteger todo o galinheiro?

Deus nos proteja...

Foto de Carlos Fernando Maggiolo

Carlos Fernando Maggiolo

Advogado criminalista e professor de Direito Penal. Crítico político e de segurança pública. Presidente da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro – AMO-RJ. 

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