A repugnante absolvição da Justiça Eleitoral pela própria Justiça Eleitoral

13/06/2017 às 09:48 Ler na área do assinante

A principal absolvição da 'vergonhosa' decisão do colegiado do TSE, não foi da chapa Dilma-Temer.

Foi da própria Justiça Eleitoral que por sucessivas condescendências propiciou a montagem e expansão da maior e mais escancarada lavanderia de dinheiro sujo para alimentar campanhas eleitorais. E até mesmo enriquecimentos pessoais, pelas "sobras de campanhas".

A lavagem não ocorreu apenas nas eleições de 2014, mas ai foi o auge do modelo usado amplamente com as sucessivas homologações da prática pela Justiça Eleitoral. A qual verificou e aceitou as documentações de prestação de contas, sem nunca indagar se a origem era legal?

O relator do processo de impugnação da diplomação da chapa Dilma-Temer teve  a oportunidade de redimir a Justiça Eleitoral, trazendo a público os detalhes dessa mega-lavanderia. Porém preferiu se ater ao Caixa 2. Sem trazer grandes novidades em relação ao que a Operação Lava-Jato já apurou e mostrou ao público.

Foi a forma de não entrar em maiores detalhes sobre porque  a Justiça Eleitoral falhou, por omissão ou por ter sido enganada ao longo de muito tempo.

Será que só ela e os índios não conectados da Amazônia não sabiam que as doações legais das grandes empresas, nada mais eram do que uma simples operação de lavagem de dinheiro? Sem grandes sofisticações, mas em imensos volumes. Por que ela foi leniente? Por que nunca investigou em profundidade?

Jorge Hori

Jorge Hori

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