Plagiando Shakespeare, Ser ou Não Ser, Duda? À fórceps não dá!
11/08/2024 às 19:47 Ler na área do assinanteJá inicio este artigo dizendo, de forma clara e transparente, que não tenho nada contra a opção sexual das pessoas. Até porque cada qual que se cuide como melhor entender, e no final das contas, ninguém tem nada com isso.
Na minha juventude, ainda com resquícios culturais de décadas passadas, atuei no teatro durante um período e no elenco havia homossexuais, comumente conhecidos como bichas e lésbicas. Não existia essa aglomeração de letras distintiva para identificação deles. No máximo, a expressão “gilete” àqueles que “cortavam dos dois lados” como se dizia à época. E a relação sempre foi respeitosa entre todos. Não havia zombaria por parte dos héteros e nem apologia de gênero por parte dos homossexuais. Piadas sempre foram absorvidas pelas partes como algo lúdico, da mesma maneira que se fazia com padres, bêbados, casais, enfim...
Esse aprendizado na convivência entre diferentes trouxe a compreensão de que o tratamento humano é que mais importa. Difícil é a realidade atual, onde essa galera quer impor sua condição “goela abaixo”, partindo deles o preconceito, aí sim, do que pensa cada um.
O que abordo aqui é o que chamo de loucura existencial. Vamos tentar entender.
O deputado federal Eduardo Salabert (como veio ao mundo), optante de ser mulher trans, adotando o nome de Duda Salabert, é um caso muito maluco. Meu único senão é quando querem nos obrigar a tratá-lo como o que ele não é. A vida sexual do Eduardo é como um círculo inacabado, mas que querendo ou não, se fechou (até aqui) como Deus nos colocou na terra - Homem e Mulher. Se não, vejamos:
Nasceu biologicamente homem, virou gay, depois passou a ser mulher trans. Até aí, cada qual é cada qual e é direito pleno dele viver à sua maneira.
Por convicções pessoais dos envolvidos, que não concordo, incluindo-se aí o legislativo e o poder judiciário, Duda exige tratamento como mulher. O caso mais emblemático é que acionou a justiça contra o deputado federal Nikolas Ferreira. Perdeu na primeira instância e recorreu, ganhando em segunda instância. Nikolas foi sentenciado a pagar R$30.000,00 por ter chamado Duda de Eduardo (de ela por ele). Claro, Nikolas vai recorrer. Dois aspectos: Duda não vai virar mulher por conta dessa decisão, independente de qual for. O segundo aspecto é a realidade como verão abaixo (se tornou pai, ainda que se condicione como mãe).
O próprio Duda, o chamo assim porque é o atual nome registrado dele, acaba se contrariando ao escorregar na tratativa dada a si mesmo (o que demonstra que o consciente prevalece ainda em sua mente). Naturalmente, não é? Durante o debate com os candidatos a prefeito da capital mineira, Duda chamou a si mesmo de “prefeito” condição funcional ao cargo que almeja. Sim, Freud explica!
É casado com Raísa Novais desde 2011, mulher biológica e lésbica por opção. Duda suspendeu o tratamento hormonal que faz para a transição de gênero e engravidou a mulher Raísa em 2019. Ou seja, a mulher trans que é homem biológico engravidou a lésbica que é mulher biológica. Nada mais natural!
No fim das contas, tiveram de voltar às suas origens biológicas para realizar o sonho da paternidade/maternidade. Então ficam perguntas: como um corpo de homem que quer ser mulher foi se apaixonar por um corpo de mulher que quer ser homem? O sexo é mental? Podemos dizer que Duda é uma mulher trans/lésbica? Na sopa de letras LGBTQIA+ (já tem mais letrinhas...), ou que alguns denominam como LGBTQQICAAPF2K+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Questionando, Intersexuais, Curioso, Assexuais, Aliados, Pansexuais, Polissexuais, Familiares, 2-espíritos e Kink), já tem letrinhas para identificar essa relação?
Duas questões quanto a criança: uma é com relação ao seu futuro. Existe uma tendência de desvio de sexualidade, pois vai viver num ambiente que terá como pais, duas mães, e sua convivência, e normalização, com as posturas e pela frequência no meio social dos pais. Mas, deve se dizer, claro, que sabemos quem vai amamentar. Até seu nome escolhido, Sol, como Duda declarou em 2019, antes mesmo do nascimento, é unissex ou neutro, como queiram. Isso foi previsto para a criança a fim de evitar que tenha dor de cabeça caso queira ser um homem trans. A outra é como a Sol vai lidar com sua certidão de nascimento que não terá a figura paterna, mas sim as figuras de duas mães. Meu desejo é que perceba as referências do instinto paterno e materno dos pais, familiares e amigos.
Faço um pedido pessoal. Não apelem para ao sentimento do amor, generalizando a terceiros, pois isso é, ou deveria ser, o marco fundamental nas relações humanas. Simples assim! Que vivam suas vidas sem querer atropelar os outros, pois é isso que fazem agindo por forças estranhas a boa convivência.
Para finalizar, Feliz Dia dos Pais, que o casal seja feliz e que Deus ilumine essa criança dando-lhe saúde, sabedoria e paz!
Alexandre Siqueira
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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