Organização internacional confirma fraude praticada por Maduro e é obrigada a sair às pressas da Venezuela

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Na Venezuela, os eleitores votam num equipamento eletrônico, semelhante ao brasileiro.

Diferentemente do Brasil, entretanto, no sistema venezuelano há um voto que é impresso e depois depositado pelo próprio eleitor em uma urna física (que fica lacrada ao lado no local).

Cada urna eletrônica imprime também, ao final da votação, a ata eleitoral que apresenta o resultado (quantos votos cada candidato recebeu naquele equipamento) e a contabilização de brancos, nulos e abstenções.

Os boletins de urnas são enviados eletronicamente ao CNE, uma transmissão feita por meio de uma rede criptografada e não pela internet.

Cópias do documento, impressas pela máquina, são entregues aos representantes de cada partido venezuelano que estejam no local da votação.

A oposição conseguiu ter acesso a mais de 70 por cento dessas atas, o que foi suficiente para demonstrar a vitória esmagadora de Edmundo González sobre o ditador Nicolás Maduro.

Na semana passada, a organização internacional Central Carter confirmou a vitória da oposição.

A organização disse que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) não agiu de maneira independente durante o pleito.

O posicionamento do Centro Carter diverge dos números oficiais divulgados pelo órgão eleitoral venezuelano, que deu a vitória a Maduro com 51,95% dos votos.

A organização afirma ter utilizado dados coletados das atas eleitorais e amostras de votação para constatar o resultado, mas não divulgou a proporção da suposta vitória do opositor do regime chavista.

Depois do pleito realizado em 28 de julho, a organização internacional retirou seus funcionários da Venezuela por motivos de “segurança”. O relatório final da organização ainda está pendente, mas suas declarações preliminares já causaram reações do regime de Maduro, que acusou a organização de parcialidade.

O Centro Carter também diz ter identificado várias irregularidades, como o abuso de recursos estatais a favor de Maduro e restrições ao registro de eleitores. A atuação do CNE também foi questionada, assim como o uso de propaganda governamental na campanha.

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