O senador Ireneu Orth (PP-RS) despediu-se do Plenário nesta terça-feira (6) destacando sua atuação em 120 dias de atividade parlamentar, com ênfase nas proposições em socorro ao Rio Grande do Sul, e definiu sua experiência no Senado como um “aprendizado”. Primeiro suplente do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), que estava afastado por licença médica e agora volta à Casa, Orth contrastou os modos do Senado com sua atuação anterior no Poder Executivo e na iniciativa privada.
"Aqui a coisa, pela legislação, é mais lenta, mais demorada. Você tem que ouvir mais as pessoas, há muitos interesses em jogo (...). As decisões finais sempre são mais demoradas", considerou.
Orth sublinhou que seu período no Senado coincidiu com a tragédia das enchentes em seu estado. Ele agradeceu ao povo do Brasil pela solidariedade aos gaúchos e chamou atenção para a atuação firme dos senadores em resposta ao desastre.
"Acredito que tenha sido o pior momento da história econômica e social que o Rio Grande do Sul viveu em toda sua existência, que começou a partir das chuvas, das enchentes excessivas de maio, e até agora não se encerrou. Agora, é o período da reconstrução que está em voga. Nós atuamos com muita força nessa área, sem esquecer, logicamente, as demais."
O parlamentar citou sua proposta de suspensão do pagamento da dívida federal do Rio Grande do Sul (PLP 75/2024) e classificou como grande vitória dos produtores rurais gaúchos a resistência à compra de arroz no mercado internacional — autorizada pela MP 1.217/2024 —, que classificou como desnecessária. Orth também defendeu a proposta de emenda à Constituição (PEC 26/2024), de sua autoria, que cria zona franca na região do RS afetada pelas enchentes.
"O Rio Grande do Sul foi tão afetado que precisamos de alguma medida diferenciada para novamente reerguer, especialmente, as regiões afetadas", argumentou.
Orth também cumprimentou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por ter cancelado trechos da medida provisória (MP 1.227/2024) que permitia a cobrança de PIS e Cofins de todas as atividades econômicas. Ele repercutiu a rejeição de parlamentares e empresários à medida.
"Vim direto para o Plenário porque tinha visto, nas redes sociais, a implantação dessa medida provisória. (...) Fiz um discurso veemente, lá da minha cadeira, pedindo ao presidente Pacheco que não aceitasse essa medida provisória (...) que iria desestruturar toda a economia brasileira. E a pressão aumentou, com apoio de toda a bancada."
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Fonte: Agência Senado
da Redação