De maneira repugnante, Lula utiliza a diplomacia brasileira para tentar manter o Regime Chavista no Poder!

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Para quem está acompanhando a trama de Nicolás Maduro e o desespero dos venezuelanos que não sabem como será o dia de amanhã, poucos perceberam os movimentos de Lula em contribuir para manter o regime ditatorial na Venezuela.

O presidente brasileiro, mesmo sabendo que a maioria dos vizinhos já se posicionaram a favor do vencedor Edmundo González Urrutia, vai na contramão, utilizando uma velha tática de dividir para conquistar.

Recentemente, o Partido dos Trabalhadores declarou seu estrito apoio ao ditador Maduro, enquanto o próprio Lula ainda não fez nenhuma declaração direta sobre se concorda com os resultados apresentados pela oposição ou se reconhece que o regime tenta se manter no poder por meio da força e da ilegalidade.

À primeira vista, esse comportamento do comunista brasileiro, de tentar se distanciar da opinião do seu próprio partido, pode parecer confuso. No entanto, essa aparente divergência de opiniões dentro da própria legenda da qual Lula é o fundador e comandante geral é apenas uma tática estratégica.

A intenção é proposital e tem como único objetivo "matar dois coelhos com uma cajadada só", enquanto ganha tempo com a diplomacia alinhada ao chavismo.

O detalhe dessa conspiração política é o próprio método que Nicolás Maduro implantou nas eleições do seu país. Para assegurar seu poder, Maduro planejou com muita habilidade a renovação do seu terceiro mandato. Segundo o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), Maduro é o vencedor das eleições do último dia 28 de julho e dará início ao terceiro mandato de 6 anos a partir do dia 1º de janeiro de 2025. E é aqui que está o "pulo do gato": a ditadura chavista já se preveniu da derrota nas urnas, mesmo antes do pleito eleitoral.

Prevendo que, via processo democrático, dependendo da vontade do povo venezuelano, certamente Nicolás Maduro perderia com larga diferença nas urnas, o regime teria de 28 de julho até 1º de janeiro de 2025 para encontrar uma forma de se perpetuar no poder. Ou seja, 4 meses para perseguir e reprimir qualquer tentativa da oposição e de movimentos populares de tirá-lo do poder.

E onde o presidente Lula entra nessa história? Já estamos presenciando a participação e as atividades da diplomacia brasileira na manutenção do poder na Venezuela. Mas como? O Brasil, em tese, é o único país que poderia "jogar areia" nos planos do regime ditatorial chavista.

Primeiro, por ser considerado uma potência regional e um dos principais parceiros comerciais da Venezuela.

Segundo, pela grande influência econômica, podendo sancionar ainda mais a Venezuela.

Terceiro, o Brasil é o principal parceiro comercial dos Estados Unidos na região e não reconhece Maduro como vencedor das eleições e já declarou Edmundo González Urrutia como o legítimo presidente da Venezuela. E sabemos muito bem como os estadunidenses resolvem diferenças mundo afora, correto?

Quarto e último exemplo: o Brasil também é o principal parceiro econômico no continente da China e vice-versa. Tanto os chineses quanto os americanos do norte, tecnicamente, seriam divisores de águas para colocar um fim ao regime ou mantê-lo no poder. Entretanto, quem decide a balança na decisão do futuro de Maduro seria o Brasil, pois pela relação estratégica comercial entre as duas potências, exerce o papel da palavra final.

A postura de Lula em relação à Venezuela é, no mínimo, alarmante. Ao apoiar Maduro, Lula ignora deliberadamente os 25 anos de opressão e sofrimento do povo venezuelano sob um regime ditatorial. A inação de Lula em condenar explicitamente Maduro e apoiar as tentativas legítimas de mudança lideradas por Edmundo González Urrutia, revela um alinhamento preocupante com um regime que já causou inúmeras injustiças e violações dos direitos humanos.

Esse apoio tácito serve apenas para prolongar o sofrimento de milhões de venezuelanos e enfraquece os princípios democráticos que deveriam ser defendidos por qualquer líder que se diz comprometido com a justiça e a liberdade. Ao colaborar com o regime de Maduro, Lula demonstra que suas intenções são mais voltadas para manter alianças ideológicas do que para promover a democracia e o bem-estar, não só do povo venezuelano, mas também dos brasileiros.

Enquanto Maduro tentará ganhar tempo até janeiro, reprimindo e perseguindo a oposição e o povo venezuelano, assassinando, prendendo, confiscando celulares e ameaçando publicamente com penas que podem chegar a 30 anos de reclusão, Lula faz o “meio de campo” com as principais potências até que os ânimos se esfriem, consolidando assim Nicolás Maduro no poder até sua morte. Igual a Fidel Castro, o ditador cubano que ficou quase 50 anos no poder, sendo deposto apenas pela morte.

E aqui fica uma dúvida retórica: dando certo esses movimentos dos dois colegas ideológicos, será que o projeto de ditador brasileiro poderia acordar com a mesma vontade de Maduro? Ou será que já estamos vivendo esse processo? Mas fique tranquilo, "as 4 linhas" não deixariam isso acontecer. Confia...

Foto de Daniel Camilo

Daniel Camilo

Jornalista e estudante de Direito e Ciências Políticas. Conservador de Direita e Nacionalista. Em 2022, concorreu ao cargo de deputado federal pelo Estado de São Paulo. Atualmente, está dedicado à escrita do seu primeiro livro, "Academia do Analfabeto Político”, uma obra que tem ênfase na ética política e no comportamento analítico do cidadão enquanto eleitor.

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