Venezuela contesta a fraude e a Direita no Brasil comemora convenção partidária (veja o vídeo)

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Não muito recentemente, houve um tempo em que o Brasil enchia as ruas em nome da liberdade e contra o autoritarismo, principalmente contra um governo comunista.

Pois bem, aqui estamos, assistindo de camarote os venezuelanos sacrificarem sua rotina de miséria e opressão para reescrever um novo futuro rumo à liberdade e à democracia.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi um dos principais líderes a convocar a população brasileira para se manifestar em favor do voto impresso auditável e contra o autoritarismo do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro argumentava que essas medidas eram necessárias para garantir a transparência e a integridade do processo eleitoral, bem como para conter os excessos do poder judiciário, que ele considerava uma ameaça à democracia.

Essas convocações refletiram um sentimento de insatisfação e desconfiança em relação às instituições brasileiras, similar ao que vemos na luta dos venezuelanos por um governo mais democrático e menos autoritário. No Brasil, as manifestações lideradas por Bolsonaro e seus apoiadores eram motivadas por um desejo de reformar o sistema político e assegurar uma maior participação e controle popular sobre os processos eleitorais e governamentais.

Enquanto os venezuelanos enfrentam um regime opressor, sacrificando-se em busca de liberdade e contestando não só a transparência do processo eleitoral, mas também buscando pôr fim a uma ditadura que já dura 25 anos, a principal liderança da direita brasileira parece ter esquecido o que levou milhões de brasileiros às ruas entre os anos de 2018 e 2022.

Essa posição da principal liderança conservadora demonstra uma frágil convicção nos objetivos de um movimento que parecia colocar o país nos rumos desejáveis que milhões de apoiadores esperavam. Vale ressaltar também que o Brasil se encontra em situações semelhantes às da Venezuela. No final de 2022, milhares de cidadãos brasileiros suplicavam às forças armadas por maior transparência nos resultados e na apuração do processo eleitoral, pois havia muita desconfiança quanto ao resultado da disputa presidencial.

Por conta disso, milhares de pessoas foram presas, censuradas, sancionadas, e dezenas ainda se encontram em fuga ou refugiadas em países vizinhos. Também houve perseguição a jornalistas, influenciadores conservadores, meios de comunicação independentes, parlamentares, assessores, líderes partidários e ex-ministros, resultando em cassações e prisões. Exemplo disso são o ex-deputado Daniel Silveira e o ex-assessor presidencial Filipe Martins, que ainda se encontram presos neste exato momento. Sem contar os inúmeros apoiadores e parlamentares que ainda estão na “black list” da justiça.

Opinião:

No mínimo controversa, a falta de atitude da liderança conservadora no Brasil, que hora não acreditava nas “instituições democráticas” e mesmo vendo uma certa oportunidade para enviar um recado à esquerda brasileira, Bolsonaro, segue calmamente prestigiando convenções partidárias e confirmando candidaturas país afora. Será miopia ideológica ou uma mudança das prioridades originais?

Veja o vídeo:

Foto de Daniel Camilo

Daniel Camilo

Jornalista e estudante de Direito e Ciências Políticas. Conservador de Direita e Nacionalista. Em 2022, concorreu ao cargo de deputado federal pelo Estado de São Paulo. Atualmente, está dedicado à escrita do seu primeiro livro, "Academia do Analfabeto Político”, uma obra que tem ênfase na ética política e no comportamento analítico do cidadão enquanto eleitor.

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