Homem que jogou a carreira na ‘lata de lixo’ é denunciado e permanece preso
07/06/2017 às 03:46 Ler na área do assinanteA junção de ambição, ganância e mau-caratismo num sujeito que deveria proteger a sociedade e fiscalizar a aplicação das leis, deu errado e fulminou a carreira do procurador da República Ângelo Goulart Villela.
De acordo com as investigações, durante o dia Goulart exercia suas funções fingindo combater a corrupção. Na calada da noite, recebia mensalmente R$ 50 mil reais de Joesley Batista, a título de ‘ajuda de custo’, para que vazasse informações sigilosas, numa clara obstrução à Justiça.
Ângelo Goulart Villela foi preso no dia 18 de maio por determinação do ministro Edson Fachin.
Na segunda-feira (5) ele foi denunciado pelos seus colegas do Ministério Público Federal, sob acusação de corrupção passiva, violação de sigilo funcional e obstrução à investigação de organização criminosa.
O próprio MPF, seu local de trabalho antes de ser preso, pediu que sua prisão preventiva seja mantida.
Com o desenrolar das investigações e do processo crime, o procurador fatalmente deverá ser condenado, perderá o cargo e o salário, em torno de R$ 30 mil reais, fora os penduricalhos.
O detalhe repugnante é de que Ângelo é casado com uma procuradora, que também ganha um salário igual ao seu.
Não tinha necessidade nenhuma de adentrar no tortuoso caminho que escolheu.
Após cumprir a pena, deixará a prisão sem moral, sem cargo, sem dinheiro, sem salário e, provavelmente, sem mulher.
Amanda Acosta
amanda@jornaldacidadeonline.com.br