EUA impõe o mais duro golpe dos últimos tempos no tráfico internacional de drogas

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Décadas de busca efetivadas pelas autoridades americanas tiveram um desfecho na última quinta-feira (25).

Dois chefões do tráfico internacional de drogas foram presos no Texas, próximos da fronteira.

Ismael "El Mayo" Zambada e Joaquín Guzmán López, o "Chapito".

Ismael "El Mayo" Zambada é cofundador e líder do Cartel de Sinaloa. O Departamento de Justiça dos EUA havia oferecido uma recompensa de US$ 15 milhões por informações que levassem à sua prisão.

Junto com Zambada, foi detido Joaquín Guzmán López, um dos filhos de Joaquín "El Chapo" Guzmán, outro fundador do cartel.

Joaquín Guzmán López é um dos "Chapitos", filhos de "El Chapo" Guzmán, que assumiram posições importantes na organização criminosa após a prisão do pai.

Ovidio Guzmán, outro filho de "El Chapo", foi entregue à Justiça americana em setembro do ano passado.

Os dois são acusados nos Estados Unidos de liderar operações criminosas do cartel, incluindo redes letais de fabricação e tráfico de fentanil.

Em fevereiro, Zambada foi acusado pela quinta vez por crimes de fabricação e distribuição de fentanil nos EUA.

A Procuradoria dos Estados Unidos aumentou a recompensa por sua captura de US$ 5 milhões para US$ 15 milhões visando informações de seu paradeiro.

"O fentanil é a ameaça de droga mais letal que nosso país já descobriu, e o Departamento de Justiça não descansará até que cada líder, membro e associado do cartel responsável por envenenar nossas comunidades seja responsabilizado", afirmou o comunicado.

A captura de Zambada e Guzmán López segue a prisão de outros líderes do cartel, incluindo "El Chapo" Guzmán, seu filho Ovidio Guzmán López, e Néstor Isidro Pérez Salas, conhecido como "El Nini". "El Chapo" foi preso no México em janeiro de 2016 e extraditado para os EUA em janeiro de 2017, onde foi condenado à prisão perpétua.

O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, ressaltou que os dois detidos enfrentam "múltiplas acusações nos Estados Unidos por dirigirem as operações delitivas do cartel, incluídas suas redes mortíferas de produção e tráfico de fentanil".

De acordo com os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), em 2023, o país registrou mais de 107 mil mortes por overdose de drogas, sendo cerca de 70% dessas mortes causadas pelo fentanil. Washington afirma que o opiáceo é fabricado com substâncias precursoras provenientes da China, e contrabandeado do México para os EUA pelo Cartel de Sinaloa.

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