Há evidências de que a vice-presidente Kamala Harris tenha mentido ao povo americano sobre a saúde do presidente Joe Biden?
Nos últimos anos, surgiram diversas especulações sobre a saúde do presidente Joe Biden. Até um mês atrás, qualquer menção a possíveis problemas de saúde de Biden passava por ferramentas de checagem de fatos pela imprensa norte-americana e brasileira, e quase sempre a maioria dos deslizes do Presidente Biden era considerada algo exagerado.
Trabalhos de "checagem de dados" frequentemente rotulavam essas especulações como invenções políticas e "fake news" promovidas por grupos de direita nos EUA.
A mídia dos EUA, em geral, desprezou muitos sinais que se tornaram incontornáveis e visíveis no debate de 27 de junho de 2024.
Diversos vídeos registraram situações constrangedoras em que Biden tropeçava, demonstrava fragilidade ou apresentava lapsos de memória. No entanto, esses incidentes foram muitas vezes minimizados ou explicados como meras gafes por parte do presidente.
Acusações surgiram de que os democratas estariam escondendo a verdadeira condição de saúde de Biden.
Críticos afirmam que a liderança democrata, ciente das fragilidades do presidente, teria trabalhado para abafar qualquer preocupação legítima, garantindo assim a continuidade de sua administração sem grandes turbulências.
A descrição oficial do governo Biden é de um presidente energético, afiado e engajado, que deixa assessores jovens exaustos com seus questionamentos incessantes e longas horas de reuniões a portas fechadas. Essas descrições contrastam fortemente com a imagem promovida por alguns círculos políticos e midiáticos sobre sua saúde precária.
Nos bastidores, autoridades que trabalharam no governo Biden apontam que, em cenários a portas fechadas, Biden se mantém ativo e consistente em suas reuniões e decisões, sugerindo que a deterioração visível em eventos públicos pode não refletir completamente sua capacidade de governar. Há também relatos de que Biden frequentemente delega e mantém um diálogo próximo com seus assessores, o que levanta questões sobre quanto do dia-a-dia governamental é gerido diretamente por ele versus seus conselheiros mais próximos.
Essa situação levanta a questão: quem realmente governou os EUA durante esse período?
Se as especulações sobre a saúde de Biden têm algum fundamento, seria plausível considerar que figuras chave em seu governo assumiram papéis mais proeminentes na tomada de decisões. Ainda assim, até que ponto a saúde de Biden influenciou a governança do país?
As discussões sobre a saúde de Joe Biden refletem uma rede intrigante entre política, mídia e percepção pública.
Até um mês atrás, a maioria das alegações sobre sua saúde eram tratadas como imprecisas, mas os eventos recentes trouxeram à tona questões que exigem a verdade, transparência e responsabilidade tanto por parte dos governantes quanto dos órgãos de imprensa.
Já no Brasil o tratamento da imprensa brasileira em relação ao presidente Lula e suas eventuais gafes ou sinais de senilidade pode variar amplamente, dependendo da orientação editorial do veículo em questão. Alguns veículos de mídia podem tratar gafes ou lapsos de memória de Lula como simples erros humanos ou momentos embaraçosos sem dar-lhes maior ênfase.
Carlos Arouck
Policial federal. É formado em Direito e Administração de Empresas.