JABUTI: Ciro Gomes infiltrado em evento de “Centro-Direita”. Bateu o arrependimento...

Não é de hoje que figuras desprestigiadas, sem rumo e sem lealdade às suas próprias convicções acabam se encontrando nas praias conservadoras, à espera de serem acolhidas pela “direita acolhedora”.

A mais recente sinalização do desespero dissidente vem de Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e ex-ministro dos governos Itamar Franco e Lula, entre outros cargos relevantes — não para o povo, mas para as doutrinas comunistas e socialistas que ele defendeu no passado recente.

O cabra macho cearense se reuniu recentemente com algumas figuras conservadoras e ex-bolsonaristas de centro-direita do partido União Brasil em um evento de convenção da legenda, representando o PDT. Segundo suas próprias palavras, “é um dia histórico”, referindo-se ao fato de estar no mesmo palanque político dos seus rivais ideológicos.

Apesar de Ciro Gomes ter apoiado Lula nas eleições de 2022, ele e Lula são rivais acirrados no estado do Ceará, pelo menos por ora. Em suas palavras, afirmou:

“O Ceará está sendo destruído pela incompetência, pela corrupção, pelo mandonismo. Há uma ditadura tentando ser construída, tirando os direitos das pessoas de escolher suas candidaturas. Tudo armado para que o novo ditador do Ceará não tenha sequer contrastes, e tenho certeza de que o Cariri vai se levantar…”

Sem citar nomes, Gomes se referia ao Ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana, do PT. Ou seja, a situação vai além da máxima “o inimigo do meu inimigo é meu amigo”. Não é de hoje que Ciro Gomes flerta com a direita, como se estivesse quase se auto convidando para ser adotado pelos conservadores.

Frequentemente, ao criticar Bolsonaro, Ciro Gomes compara o ex-presidente de maneira mais favorável a Lula. Recentemente, ele também elogiou o pré-candidato Pablo Marçal, dizendo que a possibilidade de Marçal ser o candidato da direita à presidência do Brasil em 2026 é grande, e que isso dependeria apenas de Marçal vencer a eleição para a capital paulista.

Análise:

Para quem já presenciou Roberto Jefferson, Eduardo Cunha e, mais recentemente, Aldo Rebelo sendo acolhidos por grandes nomes da direita brasileira, não seria surpresa ver Ciro Gomes “arrependido” justificando sua mudança política ideológica

com o seu tradicional discurso de palavras do século 18, conquistando parte da direita e se estabelecendo nesse terreno conservador.

Comentários de suas entrevistas na internet refletem isso, com opiniões como: “Se ele abandonasse a esquerda e viesse para nosso lado…” ou “Muito inteligente, pena que é comunista” e o clássico “Se ele tivesse apoiado Bolsonaro, hoje seria um herói”. Pelo menos, parece que ele já tem um “puxadinho”. No Brasil, tudo é possível!