Os democratas enfrentam uma situação desesperadora: após a retirada de “Sleepy Joe” por inadequação ao cargo, sua substituta também enfrenta graves dificuldades, com um dos índices de aprovação mais baixos da história entre os eleitores americanos. Outros nomes virão.
Kamala Harris iniciou sua carreira política como Promotora Distrital de São Francisco (2004-2011) de São Francisco. Durante seu mandato, ela implementou iniciativas progressistas, mas também enfrentou críticas por algumas decisões, como a defesa de sentenças severas em casos de não-violência e a recusa em buscar a pena de morte em casos de assassinato de policiais.
Como Procuradora-Geral da Califórnia (2011-2017) Harris teve um mandato misto. Ela foi elogiada por algumas reformas, como a criação de uma base de dados de crimes relacionados ao tráfico humano, mas criticada por posições consideradas conservadoras em questões de justiça criminal, incluindo a defesa da prisão perpétua para certos crimes e a resistência à divulgação de resultados de testes de DNA que poderiam exonerar prisioneiros condenados injustamente.
Kamala Harris foi eleita para o Senado dos EUA em 2016. No Senado (2017-2021) ela ganhou destaque nacional por sua atuação incisiva em comissões, especialmente durante as audiências de confirmação de Brett Kavanaugh para a Suprema Corte. No entanto, algumas críticas apontaram que seu tempo no Senado foi mais marcado por sua busca de visibilidade nacional do que por legislações significativas aprovadas.
Campanha Presidencial de 2020, Harris anunciou sua candidatura à presidência em janeiro de 2019, mas sua campanha foi marcada por falta de coesão e clareza nas mensagens. A campanha enfrentou dificuldades financeiras e problemas internos, incluindo a renúncia de membros-chave da equipe. Harris abandonou a corrida em dezembro de 2019.
Como Vice-Presidente, Harris tem sido designada para liderar esforços em áreas críticas como a imigração e a expansão do direito ao voto. No entanto, sua gestão dessas responsabilidades tem sido amplamente criticada por falta de progressos tangíveis. Além disso, a taxa de aprovação de Harris tem sido consistentemente baixa, refletindo percepções públicas de ineficácia.
A atual Vice-Presidente dos Estados Unidos, tem enfrentado diversas críticas ao longo de sua carreira política, muitas das quais se concentram em gafes e declarações controversas.
Em várias ocasiões, nas entrevistas constrangedoras, Harris foi criticada por risadas inadequadas em momentos sérios durante as entrevistas, o que foi interpretado por alguns como uma tentativa de desviar de perguntas difíceis. Em uma entrevista com Lester Holt da NBC, Harris foi questionada sobre a crise na fronteira sul dos EUA e sua ausência na área. Sua resposta evasiva "não fui à Europa também" foi amplamente criticada e virou motivo de piada.
No discurso sobre a imigração, durante uma visita à Guatemala, Harris disse aos migrantes:
"Não venham para os Estados Unidos", o que gerou uma reação negativa tanto dos defensores dos direitos dos imigrantes quanto de seus críticos.
Como Procuradora-Geral da Califórnia, Harris foi criticada por sua gestão de casos de má conduta policial e por manter posições que alguns consideraram excessivamente duras em questões de justiça criminal
Designada para lidar com a crise na fronteira sul, Harris tem enfrentado dificuldades significativas em apresentar soluções eficazes. A situação na fronteira continua a ser um problema premente, com críticas de que sua abordagem carece de uma estratégia clara e coordenada.
Kamala Harris, como qualquer figura pública, é objeto de escrutínio constante. Suas gafes, derrotas e percepções de incompetência são amplamente discutidas e debatidas na mídia e entre analistas políticos. O futuro político de Harris dependerá de sua capacidade de navegar esses desafios e de apresentar resultados concretos em suas áreas de responsabilidade.
Carlos Arouck
Policial federal. É formado em Direito e Administração de Empresas.