O pai nasceu mulher, a mãe nasceu homem. Uma criança nascida em Porto Alegre (RS) tem pais transgêneros. Helena, a mãe, nasceu homem. Anderson, o pai, nasceu mulher. A criança, Gregório, foi gerada, concebida e é amamentada por Anderson.
Anderson e Helena, após namorarem durante um ano, foram morar juntos no ano passado, quando então descobriram que Anderson - que nasceu Andressa - mas, com 15 anos de idade assumiu sua identidade masculina, tinha engravidado.
Evidentemente que diante da situação inusitada, tiveram diversos problemas, inclusive a questão do preconceito. Um outro problema é jurídico, vez que não puderam registrar a criança com os seus nomes sociais, mas sim com os nomes constantes em seus registros de nascimento.
Anderson que está cumprindo o papel de mãe, vai entrar com o pedido de licença-maternidade na empresa onde trabalha.
Helena conta que, neste momento, não se sente muito mãe, pois Gregório ainda prefere o colo de Anderson.
Gregório nasceu com mais de três quilos, 50 centímetros, cabelos escuros e olhos claros.
A professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Berenice Bento, que pesquisa questões transgênero e transexuais, se mostrou surpresa e animada com o acontecimento:
– É uma novidade maravilhosa. Mostra como o ser humano pode explorar a potencialidade do corpo. O fato do transhomem negociar com sua parceira para gerar uma vida é genial. O caso demonstra as possibilidades plurais do amor.
Fonte: Zero Hora
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