CBDC: A ditadura digital, o controle absoluto do indivíduo

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CBDC, sigla para Central Bank Digital Currency, são moedas digitais emitidas por bancos centrais que funcionam como uma versão virtual do dinheiro de um país. Mais de cem países vão lançar moedas digitais.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) idealiza criar uma moeda digital de valor único para todas as nações, ou seja, uma moeda digital mundial. O dólar sai do cenário e entra essa moeda única mundial.

Tudo isso seria lindo – uma promessa de futuro promissor para o Planeta.

Mas...

Na verdade, quando implementado esse plano na sua totalidade, estaremos vivendo o apogeu de uma ditadura cruel – o controle absoluto do indivíduo – de cada um de nós.

O FMI é como a OMS e outros diversos organismos internacionais - patrocinam esse projeto de poder obscuro: o controle social absoluto.

“Absoluto” em todos os seus sentidos, do literal ao mais amplo. Em Filosofia, é definido como a "realidade suprema e fundamental, independente de todas as demais" e às vezes é usado como um termo alternativo para "Deus" ou "o divino".  Na filosofia analítica e na filosofia pragmática, absoluto é a verdade que não se deixa falsear. Ter o controle social absoluto é se perpetuar no poder por toda a eternidade.

É óbvio que o governo federal e o STF estão de mãos dadas e alinhados com essas engrenagens internacionais e irão facilitar a implementação da moeda digital mundial no Brasil. 

Em dezembro desse ano termina o mandato de Roberto Campos Neto na Presidência do Banco Central, indicado pelo Bolsonaro. Imaginem o que vem indicado pelo Lula...

É o que vai acontecer com esse sedutor e inocente projeto da CBDC, que vem rotulado disfarçadamente como uma evolução, um progresso. Ele vem na onda do PIX, causando aquela sensação de que é o futuro chegando através da tecnologia – uma facilidade para a sociedade.

Lobo em pele de cordeiro.

Veja no momento mais à frente, quando acabarmos com a moeda física, em espécie – e tivermos apenas moeda digital. Tudo o que entrar na sua conta, será via CBDC. Todas as suas transações do dia a dia estarão registradas no sistema – tudo o que você vender, comprar ou pagar estará lá.

Você fica sem opção, num único clique, uma autoridade bloqueia e engessa a sua vida.

É isso mesmo! O sistema anula você!

Se hoje, ao responder um processo no STF, você já pode ter sua vida invadida, bloqueada e saqueada, sua reputação assassinada e seus direitos violados até a alma, imagine as autoridades controlando todo o sistema CBDC, Deus nos acuda.

Na China funciona assim. Por lá eles chamam de “sistema de crédito social”. O Estado avalia cada cidadão de acordo com seu comportamento social para então definir uma pontuação que estabeleça uma série de punições ou recompensas.

Dependendo da situação, o indivíduo não tem direito nem a saúde pública, sendo condenado a morrer sem assistência dentro de casa.

Como atuariam os nossos dirigentes com esse poder absoluto em suas mãos? Na velocidade com que esses projetos macabros são implementados no Brasil, é possível que em 2026 um cidadão brasileiro não consiga assistir a um filme no cinema, comprar um ingresso para um show ou teatro, porque terá sua conta bloqueada para qualquer entretenimento, sendo liberada apenas para supermercados, farmácias, transporte e necessidades básicas.

É assim que funciona a democracia relativa.

Se você não tem dinheiro em espécie como é que você vive?

O CBDC parece algo muito bom, mas é uma concentração de poder total. É claro que ele vem com uma série de vantagens, mas é pouco diante desse viés de controle absoluto que é um absurdo.

Se liga! Você só poderá pagar suas despesas digitalmente. O sistema saberá quanto você gasta na padaria da esquina e simplesmente bloqueia a sua conta. Seu poder de compra fica limitado ao que eles permitem.

Você nunca mais poderá contestar nada, porque no dia que você contestar, sua conta é bloqueada - num clique.

Eles também podem te limitar territorialmente, determinando a indisponibilidade da sua conta fora do Brasil, do seu estado ou da sua cidade. Nesses casos o cidadão terá que requerer uma autorização especial do poder público. Será o Estado criando dificuldades para vender facilidades – e por aí vai.

O CBDC vem embalado na sedução do pagamento instantâneo, da modernidade, da agilidade, mas o que ele representa, de fato, é um controle social absoluto – um poder altamente restritivo da liberdade – da nossa liberdade – de cada um de nós.

Um perigo insano!

Foto de Carlos Fernando Maggiolo

Carlos Fernando Maggiolo

Advogado criminalista e professor de Direito Penal. Crítico político e de segurança pública. Presidente da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro – AMO-RJ. 

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