Nunes se manifesta sobre acusação grave "forjada"

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), declarou na segunda-feira, 15 de julho de 2024, que o boletim de ocorrência por violência doméstica registrado contra ele por sua esposa, Regina Carnovale Nunes, foi "forjado".

O boletim foi registrado na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, em fevereiro de 2011. No entanto, conforme a Polícia Civil, os fatos não foram representados pela vítima e, portanto, a investigação sobre um possível crime não foi realizada. Leia abaixo a íntegra da nota.

Durante uma sabatina promovida pelo UOL e pela Folha de S. Paulo, o atual prefeito e pré-candidato à reeleição afirmou que sua esposa negou ter feito o registro.

“A Regina já falou que ela não fez. Ela contratou um advogado, eu até separei o material para te entregar. O advogado entrou com a petição dizendo que queria, então, esse boletim de ocorrência assinado. Veio a resposta da delegacia que não existe esse boletim de ocorrência [assinado]“, declarou Nunes.

De acordo com o procedimento penal, alguns crimes exigem representação para serem apurados. Ou seja, a vítima precisa autorizar que o suposto crime seja investigado dentro de até seis meses após o registro da ocorrência.

Sem a representação, os fatos não perdem validade, mas também não podem ser investigados. Para que o processo tenha continuidade, a vítima precisaria fazer um novo registro.

ENTENDA O CASO

A informação sobre o boletim de ocorrência foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo em 2020, durante a campanha de Bruno Covas (PSDB) à Prefeitura de São Paulo. Segundo o registro, Regina teria relatado casos de violência doméstica, ameaça e injúria em 2011, período em que o casal ficou separado devido ao suposto “ciúme excessivo” do atual prefeito.

Atualmente, os dois estão juntos e têm uma filha. Ao jornal, Regina negou ter havido agressão. Na época da publicação da reportagem, enviou uma nota assinada à mão afirmando ter dito “coisas que não são reais” no boletim de ocorrência.

Na sabatina de segunda-feira, 15 de julho, o prefeito demonstrou irritação ao ser questionado sobre o assunto e classificou como “irresponsabilidade” trazer um tema tão sensível à tona.

Eis a íntegra da nota da Polícia Civil de São Paulo:

“A Polícia Civil destaca que os boletins de ocorrência registrados, seja via internet ou em delegacias físicas, são submetidos a diversos procedimentos que garantam sua legitimidade. O caso em questão foi registrado pela 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, em fevereiro de 2011. Na ocasião, a vítima compareceu na unidade especializada para comunicar os fatos e a ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Embu Guaçu, responsável pela área dos fatos. Contudo, havia necessidade de representação contra o autor, o que a vítima não fez.”
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