Mantega negocia delação e é ‘chave de cadeia’ para Dilma Rousseff
03/06/2017 às 06:38 Ler na área do assinanteGuido Mantega só não está preso porque foi salvo por um problema grave de saúde ocorrido com sua esposa, justamente no dia reservado para a sua prisão.
Na época, em plena campanha eleitoral de 2016, Lula ainda tentou se aproveitar da situação e criar um fato político para tentar reverter a imensa onda anti-PT verificada nas urnas. Não conseguiu.
De qualquer forma, o ex-ministro chegou a receber a ordem de prisão, mas foi salvo por um novo despacho do Juiz Sérgio Moro, considerando a situação de enfermidade da esposa do meliante.
Todavia, de lá pra cá, Mantega não tem tido sossego e a recuperação de sua esposa tem sido motivo de suspeitar que a qualquer momento um novo mandado de prisão poderá ser expedido, notadamente depois da delação dos irmãos Batista e do célere andamento da delação de Antonio Palocci.
Assim, diante do quadro, reportagem da Revista Época informa que o ex-ministro resolveu se antecipar e partir para a sua própria delação premiada, uma verdadeira ‘chave de cadeia’ para a ex-presidente Dilma Rousseff, da mesma forma que a delação de Palocci implica crucialmente o ex-presidente Lula.
‘Mantega já mandou sua oferta inicial aos procuradores. Ainda está fechando com qual advogado tocará a delação. Por isso, as negociações estão no início. Os procuradores ainda não definiram se é o momento de aceitar a delação. Seja como for, esperam muito mais provas do que as já oferecidas por Mantega. Estão interessados em casos novos, especialmente envolvendo crimes no sistema financeiro – objeto da delação de Palocci – com uso de informações privilegiadas da equipe econômica petista’, informa a ‘Época’.
‘A pré-delação de Mantega, no entanto, depende do andamento da delação de Palocci. Ambas se completam. Palocci pega Lula; Mantega pega Dilma. Os dois foram, em tempos diferentes, os principais operadores das grandes propinas do PT, seja no petrolão, seja no setor financeiro, seja nos bancos públicos’, arremata a reportagem.
da Redação