Lula está em vias de aprovar uma reforma que, segundo críticos, agravará ainda mais a situação tributária no Brasil. A retórica de simplificação esconde um possível aumento de impostos que poderá instalar a miséria no país.
A falta de oposição efetiva deixa a população mais pobre à mercê de preços crescentes e maior dificuldade financeira.
A proposta da "Reforma Tributária" foi apresentada à sociedade como uma medida para simplificar o sistema fiscal brasileiro sem aumentar os impostos.
No entanto, essa promessa parece estar longe da verdade, revelando-se uma das maiores inverdades políticas dos últimos tempos.
O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança advertiu que a redução do poder de compra das famílias será um dos reflexos mais imediatos dessa reforma. Isso afeta diretamente a pequena e média empresa, pilares fundamentais da economia local, repercutindo em uma menor capacidade de consumo e movendo a economia em uma espiral descendente.
Desde o início, propagou-se que a reforma não aumentaria impostos, mas sim os redistribuiria. Contudo, a realidade desenha um quadro bem diferente. A carga fiscal elevada sobre o setor de serviços, por exemplo, pode desencadear um efeito dominó de demissões e fechamento de pequenas e médias empresas. Dado que esse setor é um dos principais empregadores do país, as mudanças propostas podem agravar o desemprego e, consequentemente, aumentar a desigualdade social. As famílias de baixa renda serão as mais afetadas, vendo seu poder de compra corroer à medida que os preços dos serviços disparam.
A previsão para o mercado imobiliário é igualmente desanimadora. Especialistas indicam que, caso a proposta atual seja aprovada, os impostos na compra de imóveis podem aumentar em até 100%, os aluguéis em 134%, e os loteamentos impressionantes 226,10%. Esse aumento refletirá em todos os setores ligados ao imobiliário, elevando o custo de vida e dificultando ainda mais o acesso à moradia.
Em um cenário onde a máquina pública é frequentemente criticada por sua ineficiência, gastanças e corrupção, a tentativa do governo Lula de aprovar esta reforma como solução pode agravar ainda mais a precariedade econômica.
O aumento de impostos sobre os serviços pode levar a uma redução na demanda por esses serviços, resultando em perda de empregos e aumento do desemprego. Pode levar também a um aumento nos preços dos produtos e serviços, contribuindo para a inflação e reduzindo o poder de compra das famílias.
Com a elevação das alíquotas, há um risco de aumento na evasão fiscal, já que indivíduos e empresas possam buscar maneiras de evitar a tributação. Isso criaria um ciclo vicioso, onde a arrecadação cairia e a necessidade de ajustes fiscais se tornaria mais frequente. A tributação aumentada nos serviços pode impactar significativamente as áreas de educação e saúde privadas. Se os custos nessas áreas aumentarem, o acesso a serviços de qualidade pode ser limitado, especialmente para a classe média.
Empresas podem considerar a transferência de suas operações para regiões ou países com regimes tributários mais favoráveis. Isso reduziria a atividade econômica local e poderia resultar em perda de empregos.
Além do aumento de impostos, a Reforma Tributária proposta pode ter outros efeitos negativos sobre a população e a atividade econômica, incluindo: Aumento da pobreza; Redução do investimento; Desestimulo à produção; Perda de competitividade; Aumento da sonegação; Aumento do Custo de Vida; Redução do Consumo;
Esses fatores combinados podem criar um ambiente econômico prejudicial, comprometendo a recuperação e o crescimento econômico sustentável. A necessidade de uma reforma tributária é inegável, mas é crucial que ela seja justa e equilibrada, para não agravar ainda mais as desigualdades sociais e econômicas do país.
Carlos Arouck
Policial federal. É formado em Direito e Administração de Empresas.