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Atriz de Hollywood relata desafios diários em luta contra doença sem cura
05/07/2024 às 21:46 Ler na área do assinante
Foto: Reprodução/YouTube
A atriz Christina Applegate, de 52 anos, fez um comovente desabafo sobre as dificuldades cotidianas que enfrenta em sua batalha contra a esclerose múltipla. A estrela da série “Disque Amiga para Matar” revelou seu diagnóstico da doença autoimune em agosto de 2021 e compartilhou os desafios que vivencia, como o “perrengue” ao tentar se depilar.
No episódio mais recente de seu podcast “Messy”, coapresentado com a atriz Jamie-Lynn Sigler, de 43 anos, que também convive com a esclerose múltipla desde os 20 anos, Christina abordou os obstáculos impostos pela condição neurológica degenerativa.
“[Depilação] é complicado quando sua barriga é grande como a minha. Você precisa levantá-la e tentar alcançar... sabe o que quero dizer? Você tenta se equilibrar com uma mão enquanto usa a outra, o que resulta em quedas no chuveiro. Sei que outras pessoas com EM podem se identificar com isso.”
Jamie-Lynn complementou:
“Você precisa literalmente sentar no chão do chuveiro e se contorcer de maneiras esquisitas para conseguir.”
Recentemente, Christina revelou que tem usado o humor como forma de lidar com sua condição.
Em participação no programa Jimmy Kimmel Live, ela abordou sua realidade de forma descontraída.
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Christina Applegate com Jimmy Kimmel. Foto: Reprodução/YouTube
“Eu estava pensando, não seria engraçado se eu entrasse e fizesse um salto mortal como Willy Wonka? E então você pensaria: ‘Ela é uma mentirosa’. Eu não sou. Eu literalmente sou deficiente.”
O apresentador respondeu:
“Eu percebi em nossas trocas de mensagens que você tem um senso de humor bastante sombrio.”
Christina admitiu:
“É assim que eu resisto. É assim que me mantenho bem.”
Ela explicou que, se não estivesse rindo, estaria chorando o tempo todo.
O apresentador acrescentou:
“Você provavelmente faz um pouco disso, tenho certeza.”
Ela comentou:
“Todo dia, quando acordo. Está tudo bem. Quer dizer, é horrível. Não vou mentir. E acho que qualquer pessoa que tenha EM não vai dizer: ‘Isso é a melhor coisa que já me aconteceu'”
“Realmente não é. Porque isso significaria que você tem uma vida muito ruim se isso é a melhor coisa que já aconteceu com você.”
Sobre a Doença
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crônica e imprevisível que afeta o sistema nervoso central, composto pelo cérebro e medula espinhal. Esta condição autoimune ocorre quando o sistema imunológico ataca a bainha de mielina, uma camada protetora que envolve as fibras nervosas, causando inflamação e danos. Como resultado, a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo é interrompida, levando a uma variedade de sintomas.
Os sintomas da Esclerose Múltipla são diversos e podem variar amplamente entre os indivíduos. Alguns dos mais comuns incluem fadiga extrema, dificuldades de coordenação e equilíbrio, problemas de visão, fraqueza muscular, espasmos, dor crônica, problemas de memória e concentração, além de alterações no humor e no controle da bexiga. Esses sintomas podem aparecer de forma episódica, conhecida como surtos, ou podem ser progressivos, piorando ao longo do tempo.
A causa exata da Esclerose Múltipla ainda é desconhecida, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais esteja envolvida. A doença é mais comum em mulheres do que em homens e geralmente é diagnosticada entre os 20 e 40 anos de idade. A pesquisa sugere que fatores como infecções virais, deficiência de vitamina D e tabagismo podem aumentar o risco de desenvolvimento da EM.
Atualmente, não há cura para a Esclerose Múltipla, mas existem diversos tratamentos disponíveis que podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir a frequência e a severidade dos surtos. Medicamentos modificadores da doença, como interferons e imunomoduladores, são frequentemente prescritos para retardar a progressão da doença. Além disso, terapias físicas, ocupacionais e psicológicas podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes, ajudando-os a gerenciar os sintomas e a manter a funcionalidade.
A expectativa de vida para pessoas com Esclerose Múltipla geralmente não é significativamente reduzida, especialmente com o avanço dos tratamentos e a melhoria no manejo da doença. No entanto, a qualidade de vida pode ser impactada devido aos sintomas e complicações associados. É essencial que os pacientes com EM recebam um diagnóstico precoce e um plano de tratamento adequado para maximizar sua independência e bem-estar.
Para aqueles que convivem com a Esclerose Múltipla, o apoio da família, amigos e profissionais de saúde é crucial. Comunidades e grupos de suporte podem fornecer recursos valiosos e uma rede de apoio emocional, ajudando os pacientes a enfrentar os desafios diários da doença. A conscientização e a educação sobre a EM também são fundamentais para combater o estigma e promover um melhor entendimento da condição na sociedade.