Novidade surge e empresas iniciam demissões de funcionários que fingem trabalhar
27/06/2024 às 07:58 Ler na área do assinante
Empresas estão demitindo funcionários que fingem estar trabalhando durante o home office. Um exemplo recente é o banco Wells Fargo, que dispensou uma dezena de funcionários nos Estados Unidos por “simulação de atividades no teclado do computador”. Esse caso ilustra a determinação de algumas empresas em detectar fraudes na era do trabalho remoto.
Para identificar esses comportamentos, muitas companhias adotam técnicas avançadas e utilizam softwares de vigilância, conhecidos como “tattleware”. Desde o início da pandemia, a demanda por essas ferramentas explodiu. Elas são instaladas nos computadores da empresa e monitoram a produtividade dos colaboradores por meio de diversos métodos, como a atividade do teclado, a geolocalização e até a vigilância do local de trabalho.
Por exemplo, uma empresa de marketing com sede na Flórida instalou um programa que realiza capturas de tela a cada 10 minutos para vigiar a atividade de seus funcionários, conforme relatado pela revista Harvard Business Review.
Alguns trabalhadores, para evitar esses dispositivos, recorrem a ferramentas que simulam o movimento do mouse, evitando que o computador entre em modo de suspensão. Tutoriais no TikTok e YouTube ensinam técnicas para aparentar atividade, como criar falsas apresentações de PowerPoint para “quando precisa de um cochilo”. Outra dica comum é abrir um programa de escrita e colocar um objeto para pressionar uma tecla, preenchendo a página com o mesmo caractere e mantendo a aparência de atividade.
O instrumento mais popular é um dispositivo que move o mouse automaticamente e pode ser comprado por US$ 11 (aproximadamente R$ 58 na cotação atual). Essas medidas mostram a criatividade dos trabalhadores para driblar a vigilância tecnológica, embora arriscando suas carreiras ao fazê-lo.
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