Dois anos após desaparecimento de advogada, caso que chocou o Brasil tem desfecho inexplicável (veja o vídeo)
19/06/2024 às 21:12 Ler na área do assinanteAlessandra Dellatorre, advogada que estava desaparecida há quase dois anos, finalmente foi encontrada. Morta.
A Polícia Civil confirmou em coletiva de imprensa que a ossada da jovem, que desapareceu em 16 de julho de 2022 após sair para caminhar em São Leopoldo (RS), foi localizada.
Com a descoberta da ossada, o inquérito sobre o desaparecimento de Alessandra Dellatorre foi encerrado. Um novo inquérito será aberto para investigar as circunstâncias de sua morte, embora a Polícia Civil tenha afirmado que não há indícios de crime até o momento.
“Encontramos a Alessandra e providenciamos a entrega do corpo para sua família”, disse o diretor da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado Mário Souza, durante a coletiva.
A ossada de Alessandra foi encontrada em uma área de mata. A perícia atestou a identificação da vítima a partir do exame de arcada dentária.
Alessandra Dellatorre desapareceu enquanto fazia uma caminhada na Avenida Unisinos, em São Leopoldo, e desde então não havia sido mais encontrada. De acordo com informações da família, ela saiu sem celular nem documento de identificação. Imagens de câmeras de segurança registraram Alessandra usando um moletom preto e calça da mesma cor.
O ponto onde Alessandra foi vista pela última vez fica próximo a uma área com vegetação densa. Na época, a polícia, com apoio dos bombeiros e voluntários, realizou buscas intensivas na região. Cães farejadores e um helicóptero foram utilizados nas operações de busca, e cartazes com a foto de Alessandra foram distribuídos na localidade.
“Os fatos são que ela entrou naquela mata e não temos certeza de que ela saiu. Os cães farejadores não conseguiram dar certeza de que ela saiu”, avaliou a delegada Mariana Studart, em entrevista à RBS TV quando o desaparecimento de Alessandra completou um ano.
Após o desaparecimento de Alessandra, seu pai encontrou uma garrafa plástica em uma lixeira, identificada através de imagens de câmeras de rua que capturaram parte de sua caminhada. A advogada havia descartado o recipiente enquanto se exercitava.
A garrafa foi enviada para análise pelo IGP, que identificou a presença de uma mistura de substâncias compatíveis com Venvanse, um medicamento utilizado para tratar TDAH, e uma bebida energética contendo cafeína, frequentemente utilizada em preparativos físicos.
“A garrafa continha lisdexanfetamina, anfetamina, cafeína e triglicerídeos de cadeia média, o que é coerente com a mistura de Venvanse e uma bebida energética à base de café. Não foi possível determinar a concentração das substâncias encontradas, mas não foram encontrados venenos”, explicou a perita criminal Clarissa Bettoni na época.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Leopoldo solicitou perícia para investigar o caso. De acordo com a investigação, Alessandra realizou buscas em seu celular por nomes de diversos venenos, incluindo cianeto de potássio.
No entanto, nenhum veneno foi encontrado dentro da garrafa descartada pela advogada.
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