"Que vergonha, CNJ! A serviço de quem? Por que isso?"
16/06/2024 às 17:47 Ler na área do assinanteO senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez críticas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que abriu processo administrativo disciplinar contra o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) Sebastião Coelho da Silva. Segundo Girão, há uma perseguição ao ex-desembargador, que criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no contexto do inquérito sobre os eventos de 8 de janeiro.
"Que vergonha, CNJ!
Uma instituição que foi criada aqui dentro do Senado Federal. Alguns anos atrás, alguns colegas votaram. Está se prestando ao papel de perseguir gente. Está se prestando ao papel de intimidar pessoas que ousam dizer a verdade neste país, que ousam defender a liberdade, que ousam defender a Constituição do Brasil.
Que vergonha, CNJ!
A serviço de quem? Por que isso? (...) Esse brasileiro de coragem fez críticas aos poderosos e está sofrendo, de outros poderosos, a retaliação", declarou o senador.
O senador criticou também o que definiu como “estagnação” da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 53/2011, que já foi aprovada no Senado e tramita na Câmara dos Deputados. O texto põe fim à aposentadoria compulsória como punição máxima disciplinar para juízes e promotores de justiça condenados judicialmente.
"Todas as vezes em que o magistrado é processado, com provas, por ter se corrompido vendendo sentenças, é punido com a pena máxima. Sabem qual é a pena máxima? Aposentadoria compulsória, parece piada, mas não é, com salários proporcionais, para o resto da vida, que podem chegar a R$ 40 mil por mês. Ou seja, é, na realidade, um prêmio ao chamado crime do colarinho branco. Nesse assunto, o Senado já fez a sua parte ao aprovar a PEC 53, que foi remetida à Câmara dos Deputados, desde 2013, e lá está estagnada há mais de dez anos", disse.
Sebastião Coelho vem se destacando há anos desde que se revoltou contra o "sistema". Chegou a pedir a prisão de Alexandre de Moraes em mais de uma oportunidade, disse na cara de ministros do STF que eles são "as pessoas mais odiadas do Brasil" e está defendendo inúmeros presos políticos.
Um livro que retrata muito bem esse cenário caótico é o polêmico "Perdeu, Mané!". O próprio Sebastião Coelho é um dos citados na obra, além dos '11 supremos'. Caso queira conhecer esse livro, clique no link abaixo:
Fonte: Agência Senado