A esquerda chora arrasada pelo voto europeu (veja o vídeo)

10/06/2024 às 15:06 Ler na área do assinante

Macron, Scholz e Alexander de Croo (primeiro-ministro belga) humilhados pelo voto europeu.

Após a derrota Macron dissolveu o Parlamento francês, uma decisão extremamente arriscada no seu segundo mandato de cinco anos. Um dispositivo previsto em lei que foi usado apenas seis vezes na Quinta República, oito vezes em toda a história da França, e nem sempre com resultados positivos.

Um verdadeiro terremoto atingiu também a Alemanha, onde o SPD do chanceler alemão, Olaf Scholz, foi o terceiro partido, com apenas 14,1% dos votos, devido ao avanço da direita AfD, que obteve 15,6% dos votos, o melhor resultado de sempre, tornando-se o segundo maior partido do país. O Partido Popular CDU/CSU ficou em primeiro lugar com 30% dos votos.  Os sociais-democratas obtiveram o pior resultado da sua história, ainda abaixo dos 15,8% de há 5 anos.

Scholz pretendia ultrapassar esse limiar para dar a ilusão de uma recuperação, mas não foi assim que aconteceu. Os Verdes reduziram quase para metade os votos, caindo para 12%, menos 8,5% do que em 2019, enquanto os liberais obtiveram 5% dos votos, superados pela nova formação populista de esquerda, a União Sahra Wagenknecht (6%). A oposição democrata-cristã, liderada por Friedrich Merz, verdadeiro vencedor das eleições alemãs juntamente com a AfD.

O primeiro-ministro Alexander De Croo anunciou sua renúncia em lágrimas: “Perdemos”!

O anúncio ocorreu logo após o fechamento das urnas, que viu o colapso de seu partido liberal, para cerca de 5,9% dos votos.

“É uma noite particularmente difícil para nós, perdemos”, disse o primeiro-ministro liberal belga, que elogiou os partidos de direita flamengos, os verdadeiros vencedores das eleições nacionais.

«Assumo as minhas responsabilidades, a partir de amanhã – acrescentou – serei um primeiro-ministro demissionário e concentrar-me-ei na gestão da atualidade».

Hoje, na Bélgica, votamos não só nas eleições europeias, mas em todas as principais instituições.

Karina Michelin. Jornalista.

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