Eleição direta não pode servir de pretexto para Lula se esconder de seus crimes

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Para o PT, este seria um momento ideal para uma nova eleição direta presidencial.

Temer, desmoralizado, renuncia ao mandato. O tucanato como o envolvimento de Aécio Neves, extremamente enfraquecido. E Lula, prestes a ser condenado em primeira instância, em caso de vitória ficaria imune de seus crimes.

Em função dos fatos envolvendo o presidente Temer, Aécio e a JBS, Lula teria um belíssimo discurso na campanha, ignorando que ele próprio também foi delatado por Joesley Batista.

De acordo com o empresário, a JBS depositou cerca de R$ 300 milhões em propina devida ao PT numa conta secreta na Suíça, em razão de vantagens ilegais obtidas pela empresa junto ao BNDES na gestão do PT.

A propina, de acordo com as planilhas da JBS, era dividida entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Vejam o que diz a revista Época sobre o assunto: ‘Segundo disse Joesley, o dinheiro era sacado, no Brasil, em nome de Lula e por ordem de Lula, às vezes por meio de Guido Mantega – e também em campanhas do PT em 2010 e 2014. Os recursos eram entregues em espécie, depositados em contas de laranjas indicados pelo partido e pelo ex-presidente e, também, transferidos oficialmente para contas oficiais de campanhas. Parte expressiva desse bolo foi usada para comprar o apoio de partidos pequenos na campanha de Dilma em 2014’.

Portanto, nos eventuais crimes que tiveram a participação de Michel Temer, Lula, Dilma e o PT estão envolvidos até o pescoço.

Seria um absurdo se permitir que o PT utilize o momento, para tentar forjar uma eleição e assegurar a impunidade a todos os seus criminosos, notadamente o comandante máximo.

Devemos sim defender eleições diretas, mas após o julgamento de todos essa nauseabunda classe política e com candidatos que sejam efetivamente ‘ficha limpa’.

Gonçalo Mendes Neto

goncalo@jornaldacidadeonline.com.br

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