Sergio Moro escapou das garras do TSE, mas ficou com arranhões profundos

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Excelente artigo de J. R. Guzzo, cujo link ofereço abaixo, ao final desse texto.

Mas entendo, ao contrário de Guzzo, que não é próprio do TSE ter escrúpulos - quaisquer escrúpulos, que não teve no caso Dallagnol, condenado porque, talvez, quem sabe, venham, no futuro, a descobrir alguma irregularidade enquanto ele era membro do MPF, coisa que até hoje não ocorreu – para salvar Moro. Não, apontar escrúpulos a um grupo de burocratas sem escrúpulos algum –, é coisa com que não concordo, apesar do respeito quase religioso que tenho por J. R. Guzzo.

A hipótese que me vem à mente remonta à (vá lá, digamos assim) sabatina de Flávio Dino, em que Moro se excedeu em cortesias e quase intimidades com o “sabatinado”. Escrevi dois artigos sobre o caso e, no segundo *, provei que Moro votara, sim, em Flávio Dino.

Era tão importante assim o voto de Moro?

Era! A margem favorável da Dino – apesar dos bilhões que Lula liberara em emendas parlamentares para os senadores! – era mínima e insegura. Desconfio – não é possível ir além da desconfiança - de que houve um acordo, um compromisso de bastidores que começou a cumprir-se na sabatina de Dino e terminou nesta decisão do TSE.

Não é agradável pensar assim. Logo eu, antigo admirador de Moro, que teria votado nele para a presidência da República em 2022, caso sua candidatura tivesse vingado. Sei lá, mas a impressão que me fica é a de que Moro encerrará sua carreira política, após cumprido seu mandato de Senador.

Coisa triste!

Eis o link para o artigo de J. R. Guzzo, intitulado

Justiça Eleitoral salvou mandato de Sergio Moro por interesse político:

https://acrobat.adobe.com/id/urn:aaid:sc:VA6C2:e30ba207-5c37-4a14-9572-139c62c12fdd

REFERÊNCIA:

https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/55333/surge-nova-evidencia-de-que-sergio-moro-votou...

Foto de José J. de Espíndola

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.

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