Assim como Luleco, petista graduado enfrenta acusação de violência doméstica

11/05/2024 às 07:05 Ler na área do assinante

Augusto Lobato, anteriormente presidente do PT no Maranhão, é acusado por sua ex-companheira, Caroline Bastos, de agressão física e psicológica. Ela registrou um boletim de ocorrência em 2 de abril na Delegacia Especial da Mulher, em São Luís.

A análise do depoimento pela juíza encarregada do caso não resultou na concessão de medidas protetivas de urgência, que Caroline solicitara com base na Lei Maria da Penha. Caroline, de 35 anos e ativa na política, foi nomeada coordenadora de Cultura em Santa Quitéria (MA) em 2022. Ela afirma que Lobato a agrediu fisicamente naquele ano, mas na época não o denunciou. O relacionamento dos dois durou um ano e nove meses e terminou em março deste ano.

No depoimento policial, ela relatou que Lobato a insultou durante uma discussão em março, chamando-a de “vagabunda”, “louca”, “escrota” e “canalha”, além de “interesseira”. Após questioná-lo sobre outra mulher, ele teria afirmado que ela era “melhor do que ela”. Depois da discussão, ele declarou que “não ia ajudá-la em mais nada”.

A juíza Vanessa Clementino Sousa decidiu que não havia base para as medidas protetivas imediatas sem ouvir a outra parte, apesar dos relatos de violência anterior e comportamento controlador por parte de Lobato.

Caroline Bastos contou que sofreu agressões físicas e psicológicas, incluindo tapas, chutes, empurrões e puxões de cabelo. Segundo ela, Lobato se desculpou depois, mas as agressões psicológicas persistiram. Ela afirma ter coletado novas provas para fortalecer seu pedido de proteção.

Augusto Lobato, agora com 55 anos e atual vice-presidente estadual do PT, não respondeu aos pedidos de comentário sobre as acusações. Ele busca reassumir a liderança do partido no Maranhão e, em janeiro deste ano, enviou uma carta à Gleisi Hoffmann solicitando seu retorno ao comando.

Em abril, a médica Natália Schincariol acusou Luís Cláudio Lula da Silva, filho do presidente, de agressões físicas, baseando-se na Lei Maria da Penha, que incluíam cotoveladas. Luís Cláudio nega as acusações, alegando ser vítima de injúria e calúnia.

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