Na contramão de tudo que acontece no país no que tange ao clamor por justiça, ética, pela moralidade na politica, o TRE de MS à luz dos holofotes, sem a menor vergonha, violentou com requintes de crueldade a fé na Justiça! Jogou na sarjeta e cuspiu na cara! Sem nenhum exagero, é assim que pode ser definida a decisão praticamente unânime do TRE/MS.
Não foi por falta de provas! Aliás, mais gritantes, contundentes e flagrantes do que as apresentadas, impossível! Provas como a do famigerado vídeo do dinheiro saltando do sutiã, foi inclusive periciado e atestado pela Policia Federal como legitimo. Na verdade, algo de muito podre aconteceu na Justiça de Mato Grosso do Sul, na tarde desta segunda-feira (8), sobretudo na Justiça Eleitoral. Algo difícil de engolir até para o mais incrédulo na Justiça brasileira! Se tudo que foi apresentado não é suficiente para cassar o mandato da Sra. Ilda Machado, então, o que mais será? Crime principal: compra de votos em auto e bom som!
Inaceitável! Minha revolta transcende os limites geográficos, por entender que não se trata de uma causa apenas do povo Fatimassulense! É um escarnio à boa fé das pessoas que acreditam na justiça! Ao mesmo tempo, é também a constatação de que estamos a mercê de uma justiça tendenciosa e a julgar pela decisão de hoje, totalmente desmoralizada. Aliás, depois dessa fatídica segunda-feira, o TRE/MS não terá moral para julgar ou absolver mais ninguém sem ser no mínimo questionado! Seus critérios de julgamento sob suspeita!
Uma vergonha! Não tem outro nome! Respeitaria a decisão da justiça sem nenhum problema, não fosse tão evidente a incoerência dos fatos! O Governador do Estado do Amazonas, acusado de cometer o mesmo crime, (compra de votos), foi cassado pelo TSE e perdeu o mandato junto com seu vice. Enquanto aqui no Estado de MS, a Justiça Eleitoral defeca sobre as provas, dá descarga e juntamente com os favorecidos, rí na cara do povo!
E como se tudo não pudesse ficar mais esdrúxulo, vejo um ex-prefeito pseudo apaziguador e abobalhado, com claros sintomas da síndrome de Estocolmo, mas com imensa culpa no cartório, fazer declarações simpáticas à sua algoz em nome de um bem maior! Se tudo não soasse tão falso, talvez não me provocasse tanta ânsia de vômito.
Autenir R. de Lima
Autenir Rodrigues de Lima
Funcionário público municipal em Jateí-MS. Formado em Ciências Contábeis.