As câmeras do sistema gravam apenas o que lhes é conveniente. As indiscretas somem!
27/04/2024 às 15:20 Ler na área do assinanteO Brasil é país de piada pronta ou deveríamos encará-lo de forma mais profunda, transparente, mais investigativa e, consequentemente, punitiva?
O que nos leva a rir, com todo respeito, é que três das melhores ferramentas da república para proteger a DEMOCRACIA e os cidadãos do país, atuam justamente de forma contrária. O STF, a imprensa e o Congresso Nacional, mais precisamente, o Senado Federal e seu presidente Rodrigo Pacheco.
Nosso olhar sobre a questão de provas através de imagens, as câmeras, virou um reles mecanismo de proteção deles próprios, de suas arbitrariedades e da injustiça. Um verdadeiro escárnio, seja com o povo, seja com a justiça!
Se não, vejamos as câmeras em questão:
- No caso da eventual agressão ocorrida no Aeroporto de Roma, que envolveu um ministro do STF, Alexandre de Moraes, que sucumbiu num abuso de poder do próprio ministro, até hoje não foi esclarecido (parece que não há o que esclarecer). Uma vez que as câmeras do aeroporto poderiam confirmar a acusação de Moraes contra a família Mantovani, o que se viu, aliás, não se viu, são as imagens liberadas pela justiça italiana. Ficaram sob o tal segredo de justiça. O fato é que a família foi submetida a diversos abusos.
- No fatídico caso do 8 de janeiro, as câmeras flagraram o que poderia nortear qualquer denúncia, mas elas foram escamoteadas pelo então, ministro da Justiça, flávio dino (jurei que nunca mais escreverei o nome desse sujeito com letras maiúsculas), hoje ministro do STF (sabe-se lá a que custo moral). Mais grave que o caso anterior, aqui até imagens que não conseguiram esconder, como a do general G. Dias no cenário do crime, são tratadas como ficção ou com vista grossa. E nada aconteceu. Mas o agravante é que as inconstitucionalidades fluíram a partir do judiciário brasileiro. As imagens, ninguém sabe, ninguém viu (a não ser eles mesmos).
- Já na fuga de dois perigosos criminosos do presídio em Mossoró no Rio Grande do Norte, cortaram o mal pela raiz. A alegação é que as imagens das câmeras não existem, pois as mesmas estavam desligadas. O entorno dos acontecimentos, no entanto, depõe para a hipótese de que houve favorecimentos. Isso sem contar com a incompetência do ministro da justiça, Ricardo Lewandowski, afinal foram meses sem encontrar os fugitivos, o envolvimento de forças de segurança e milhões de reais com gastos no caso. Mas, as imagens “não existem”. Simples assim!
Mas as câmeras dos algozes de uma perseguição insana que ocorre no país há mais de 5 anos funcionam perfeitamente. E publicamente são expostas.
- A reunião dos embaixadores, diante de prerrogativa presidencial e tratativas sobre transparência dos equipamentos e metodologia das eleições, quando o presidente era Jair Bolsonaro, foram divulgadas. O objetivo era incriminá-lo, e isso aconteceu via TSE que o tornou inelegível por 8 anos.
- Já a reunião de ministros do governo federal com o presidente foi outro caso que as câmeras funcionaram perfeitamente. As imagens da reunião foram divulgadas na íntegra, e exploradas por políticos e imprensa, de forma acintosa e maliciosa. E olha que a reunião é protegida até mesmo pela segurança nacional. Mas...
- Já na embaixada da Hungria, a esquerda queria porque queria narrar que havia tentativa de “fuga por asilo político” através das câmeras que filmaram o Bolsonaro nas dependências da embaixada. Coisa de malucos!
- E ainda tem as câmeras no mar que funcionaram tão bem que eles conseguiram ver o Bolsonaro importunando uma baleia... Eles viram o que ninguém viu!
- Infelizmente, para eles, as câmeras não conseguiram captar nenhuma fala do pessoal da direita para incriminar alguém durante os diversos encontros do Bolsonaro pelas ruas das cidades, por onde quer que vá, arrasta multidões. O máximo que conseguem é enganar incautos que nas imagens veem quase um milhão de pessoas nas ruas, mas os datafoia da vida enxergam 150.000...
Alexandre Siqueira
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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